Ontem, 26 de janeiro, a Suzuki anunciou oficialmente sua estratégia para alcançar a neutralidade de carbono em múltiplas regiões ao redor do globo. Para o Japão e a Europa, ela diz que planeja atingir este objetivo até 2050. Para a Índia, o alvo é 2070. Até agora, a empresa não fez nenhum pronunciamento sobre outras regiões, então não há planos de eletrificação para o mercado brasileiro. Ao menos não em termos de motos. 

Ter um objetivo global em mente é uma coisa, mas uma empresa que produziu principalmente veículos movidos a combustão interna até este ponto tem que tomar muitas medidas para chegar lá. O que isso significa para as motocicletas? A Suzuki diz que irá introduzir uma motocicleta elétrica alimentada por bateria em algum momento do ano fiscal de 2024. Será definitivamente uma motocicleta de pequeno ou médio porte, mas a empresa não deu mais detalhes sobre ela neste momento.  

No geral, a Suzuki afirmou que "planejamos lançar oito modelos até até o ano fiscal de 2030, ano em que 25% das nossas vendas devem ser representadas por motos elétricas". E quanto às motos de maior cilindrada que são normalmente utilizadas para fins de lazer? Nessa frente, a Suzuki diz que "estamos considerando a adoção de combustíveis neutros em carbono", que podem incluir hidrogênio, combustíveis sintéticos ou até mesmo etanol.

Suzuki V-Strom 1050 XT

Suzuki V-Strom 1050 XT, um dos modelos grandes que a marca oferece no Brasil

O plano de eletrificação das motos da Suzuki já não incluiu regiões da América do Sul, o que já deixaria o Brasil de fora. Por aqui, ainda há mais alguns agravantes. O primeiro é que a marca é controlada há décadas por uma importadora independente, o Grupo J.Toledo, que pode optar ou não por seguir pelo mesmo caminho da matriz em termos de motos elétricas. O segundo é que a Suzuki no Brasil se concentra em motos de maior cilindrada, exatamente os modelos que matriz ainda não tem planos definidos para eletrificação.

Lembrando que a Suzuki ainda atua em outras áreas, como carros por exemplo, os planos da empresa começarão a ser colocados em prática em 2023 no Japão para os automóveis e em 2024 na Europa e na Índia. A estratégia da Suzuki para a redução de carbono no mercado indiano também inclui gás natural comprimido (GNV), biogás e combustíveis misturados com etanol em alguns veículos de 4 rodas.

A Suzuki também delineou planos para adaptar outros ramos de seus negócios de modo a cumprir suas metas de neutralidade de carbono. Isto inclui seu motores de popa, mobilidade elétrica e processos de fabricação em geral. Além disso, a Suzuki também está se envolvendo diretamente no negócio de biogás na Índia, que será derivado do esterco de vaca. Ela também está analisando a utilização destes processos no Japão. Dependendo de como as coisas correrem, a Suzuki diz que pode também expandir suas preocupações com o biogás para a África, a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), e também para o Japão. 

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