O ano de 2022 foi um pouco mais quieto para a Volkswagen, com poucas novidades. Vimos a reestilização do Polo finalmente ser lançada e a chegada do Jetta GLI com visual renovado. A terceira novidade é uma situação diferente, pois o Gol Last Edition teve uma quantidade limitada de unidades e serve de despedida para o hatchback.
Será bem diferente em 2023, com um calendário mais recheado de lançamentos, alguns deles aguardados há um tempo como o Virtus reestilizado, ou o Tiguan com novo design. Outros serão inéditos, posicionando a Volkswagen entre os carros elétricos com o ID.4 ou a chegada do Polo Track, que substitui o Gol como modelo de entrada da empresa. Há também algumas especulações baseadas em flagras dos carros nas ruas. Sem mais delongas, estes serão os lançamentos da Volkswagen em 2023:
A linha de entrada da Volkswagen já tinha uma idade avançada e precisava ser renovada. Ao invés de apostar em uma nova geração para o Gol, a empresa desenvolveu uma versão ainda mais barata do Polo. Batizado como Polo Track, o hatchback terá um design levemente diferente do restante da linha e será mais simples, tanto em acabamento quanto na lista de equipamentos, para que tenha um preço inicial de R$ 79.990 – valor confirmado pela própria empresa.
Quão mais simples será? De acordo com a Volkswagen, virá de série com quatro airbags, controle de estabilidade, assistente de partida em rampas, ar-condicionado, direção elétrica, travas e vidros dianteiros elétricos e bloqueio de diferencial. Contará com alguns opcionais, como o rádio com Bluetooth, computador de bordo, entrada USB e volante multifuncional.
O motor não é nenhuma surpresa, adotando o 1.0 MPI flex de três cilindros, o propulsor mais simples da linha da fabricante. Será exatamente o que está no Polo MPI e que equipava Gol e Voyage, com 84 cv e 10,3 kgfm, sempre com câmbio manual de 5 marchas. A produção será iniciada em janeiro e as entregas estão previstas para março.
O Polo já foi renovado, então falta o Virtus ser reestilizado. O sedã está em testes há tempos, rodando junto com o hatchback e o seu design já é conhecido, pois foi lançado primeiro na Índia. Assim como foi com o hatch, o Virtus não trará uma mudança visual muito grande, mexendo mais no para-choque dianteira, agora com uma entrada de ar mais larga e as luzes de neblina maiores. Deve vir com faróis de LED de série, mas usando projetor somente na versão GTS (que será lançada depois).
Não espere por um acabamento muito melhor no interior. A Volkswagen deve repetir o que foi feito com o Polo, adicionando tecido nos painéis das portas dianteiras e com bancos com encosto de cabeça integrado, como era na versão GTS. Dependendo da configuração, terá ar-condicionado automático digital, carregador wireless para smartphones, porta USB-C e frenagem automática pós-colisão.
Terá mudanças também na motorização, abandonando o 1.0 turbo de 128 cv e 20,4 kgfm, para usar a mesma calibração que está no Polo, com 116 cv e 16,8 kgfm. Como o Inmetro revelou antes da hora, terá uma versão combinando este motor com o câmbio manual de 5 marchas, enquanto as configurações mais caras terão a caixa automática de 6 posições. Também deve perder os freios a disco nas rodas traseiras, passando a usar tambores.
Com o Polo Track chegando ainda no 1º trimestre, a Volkswagen deve acelerar o lançamento do Virtus, colocando o sedã nas lojas até fevereiro, ainda mais porque o carro está em testes há meses.
A reestilização para a linha GTS levará mais um tempo para chegar às concessionárias, pois a Volkswagen disse que o lançamento das versões esportivas ficaria para depois. O design deve ser o mesmo das configurações mais “civis”, com a diferença de que terão faróis full-LED com projetores, ao invés de usar espelhos.
Novo Polo GTS deve se inspirar no Polo GTI europeu 2022
A lista de equipamentos deve ser semelhante à do Polo Highline, com itens como controle de cruzeiro, seis airbags, ar-condicionado digital, central multimídia VW Play com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, câmera de ré, sensor de chuva, sensor crepuscular e mais. Sob o capô estará o conhecido 1.4 TSI de 150 cv e 25,5 kgfm, acoplado à transmissão automática de 6 marchas.
Como a ideia da Volkswagen é dar um destaque à chegada das versões GTS, a estreia deve acontecer no 2º semestre, para dar tempo que tanto o Polo quanto o Virtus voltem a ter mais espaço nas ruas.
Enquanto a matriz da Volkswagen trabalha na nova geração do Tiguan, que já foi vista em testes diversas vezes, por aqui o SUV médio produzido no México só foi reestilizado em 2021. Ficamos na promessa de receber o utilitário e a expectativa era que fosse lançado ainda em 2022, o que obviamente não aconteceu. Porém, fontes ligadas à marca seguem dizendo que o Tiguan está nos planos.
Assim, o SUV médio teria que chegar no ano que vem, antes que fique ainda mais velho com a estreia da nova geração na Europa. A única alternativa seria se a Volkswagen resolvesse trazer o modelo europeu na versão híbrida, como fez com o Golf GTE. A marca agora tem o Taos, produzido na Argentina, para ocupar o espaço no segmento e o Tiguan só funcionaria como uma opção acima, mais cara e equipada. A chegada do Tiguan híbrido europeu seria também uma forma de responder às opções eletrificadas da categoria, como Jeep Compass 4xe e Caoa Chery Tiggo 8X PHEV. Mas o mais esperado é que seja a AllSpace com o 2.0 turbo produzida no México.
Das marcas antes conhecidas como “4 grandes”, junto com Chevrolet, Ford e Fiat, a Volkswagen é a que está mais atrasada entre os carros elétricos. Sim, a Ford também não tem um modelo, mas ao menos já confirmou que o Mustang Mach-E será vendido aqui a partir de 2023. Chevrolet tem o Bolt, prometendo o Bolt EUV para o ano que vem; e a Fiat comercializa o 500e, que ganhará a versão esportiva 500e Abarth também no ano que vem.
Enquanto isso, a Volkswagen está ensaiando lançar elétricos aqui. Já apresentou o ID.3 e ID.4 em algumas ocasiões, dizendo que estavam em estudo, fazendo o mesmo mais recentemente com o ID.Buzz. Motor1.com apurou que o ID.3 está praticamente descartado por questão de preços e que a linha elétrica da empresa no país começará com o ID.4.
É equipado com um motor elétrico de 204 cv e 31,6 kgfm montado no eixo traseiro e conta com um conjunto de baterias de 82 kW, o que é o suficiente para entregar uma autonomia de 522 pelo ciclo WLTP usado na Europa. Medindo 4,58 metros de comprimento, fazendo com que seja maior do que o Taos, que tem 4,46 m. Obviamente, não será barato e a expectativa é que custe algo entre R$ 300 mil e R$ 350 mil.
O terceiro modelo lançado no Brasil com a plataforma MQB-A0, o T-Cross também prepara uma reestilização para 2023, que será apresentada primeiro para a Europa, chegando ao solo brasileiro pouco depois. Espera-se que seja o momento em que o design finalmente será unificado, visto que o modelo atual tem três versões diferentes para Ásia, Brasil e Europa.
Como ainda falta um tempo para a estreia, as informações ainda são bem escassas. Uma possibilidade é que ganhe um design mais parecido com o do Taos, por ser a identidade visual que a Volkswagen tem utilizada em seus últimos SUVs. Assim como foi com Polo e Virtus, deve receber faróis de LED de série (afinal, é um modelo mais caro, então precisa manter o nível de equipamentos). O que ainda não sabemos é se abandonará o motor 1.0 turbo de 128 cv para usar a versão de 116 cv que está no hatchback.
Como a apresentação na Europa é esperada para o 1º semestre, o T-Cross nacional deve mudar somente no 2º semestre.
Este é o modelo mais desconhecido da linha. Recentemente, uma unidade do Volkswagen Nivus foi avistada em testes, cobrindo a frente e a traseira. O jornalista Jorge Moraes dizia ser a versão esportiva GTS, que sempre foi comentada pela imprensa mas negada pela fabricante. E um detalhe curioso é que a unidade avistada não tinha os freios a disco nas rodas traseiras, uma mudança que começou com o Polo reestilizado.
O Nivus é relativamente novo, tendo sido lançado em 2020, então ainda vai completar três anos de mercado. O que pode motivar sua reestilização é a mudança de Polo e Virtus, criando a necessidade de trocar alguns equipamentos e talvez até a motorização, caso o plano da Volkswagen seja substituir o 1.0 TSI de 128 cv pelo de 116 cv em toda a linha, por conta das futuras mudanças nas regras de emissões.
Uma maneira de renovar o Nivus seria adotar o mesmo visual do Taigo, a versão europeia lançada no final de 2021. Já tem mudanças o suficiente para que passe uma sensação de que o carro realmente mudou, com para-choque redesenhado e a barra iluminada na grade (como no Taos).
De qualquer forma, se o Nivus realmente estiver na lista de lançamentos da Volkswagen para 2023, sua estreia deve acontecer somente no final do ano, após o T-Cross.
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