Este é um momento de transformação para a Ferrari. Desde a chegada da SF90 Stradale, a fabricante italiana iniciou a eletrificação de sua linha. O passo seguinte é a Ferrari 296 GTB, o primeiro esportivo da empresa a usar um motor de seis cilindros desde o fim da Dino em 1976 – quase 40 anos atrás! E se dinheiro não é problema para você, já pode encomendar a sua unidade, embora o preço ainda não esteja definido e a entrega esteja prevista para dezembro.

Apresentada hoje (30) na concessionária da Ferrari em São Paulo, a 296 GTB é um dos modelos mais bonitos da empresa nos últimos anos. Toda sua carroceria foi desenhada de forma a não ser exagerada, mas extremamente funcional. São poucos vincos que fazem o ar passar pelo corpo do esportivo do jeito certo, gerando downforce e mantendo o carro grudado no chão em alta velocidade e nas curvas. Até os faróis tem um vão na parte inferior para mandar o vento para os faróis, ajudando na resfriação do conjunto.

Galeria: Ferrari 296 GTB

O destaque é o motor 3.0 V6, usando tecnologias da Fórmula 1. Os cilindros formam um “V” com um ângulo de 120°, ao invés de 90°, permitindo colocar o propulsor em uma posição mais baixa, reduzindo o centro de gravidade. Trabalha com um sistema híbrido plug-in, com dois motores elétricos no eixo dianteiro e um terceiro na caixa de transmissão de dupla embreagem e 8 marchas.

Foto - Ferrari 296 GTB, o teste de estrada
Ferrari 296 GTB
Foto - Ferrari 296 GTB, o teste de estrada

Só o motor a gasolina gera 663 cv, um número de respeito. Coloque a força do conjunto híbrido e chegará a 830 cv e 85,7 kgfm de torque. Não é a mais potente de todos os tempos, mas é o suficiente para que tenha um desempenho semelhante à F8 Tributo, que tem um V8 e fica acima na linha da Ferrari. São 2,9 segundos para chegar a 100 km/h e 7,3 s para bater os 200 km/h. E vai continuar acelerando até os 330 km/h.

Sendo um híbrido plug-in, tem capacidade de rodar um pouco uasndo somente a energia das baterias. É um conjunto pequeno, de 7,45 kWh, o que resulta em aproximadamente 25 km de autonomia elétrica. A ideia não é rodar usando só os motores elétricos, e sim aproveitar a força nas acelerações e dar aquele primeiro impulso a ligar o veículo, enquanto o V6 ainda não está na temperatura ideal. Esta mecânica deve aparecer novamente sob o capô da Purosangue, o primeiro SUV da Ferrari que será revelado em setembro.

A Via Itália, representante oficial da Ferrari no Brasil, tem grandes expectativas com este modelo, esperando vender, no mínimo, 20 unidades por ano, uma quantidade alta para um carro deste tipo. O valor mudará bastante até dezembro, quando as primeiras unidades chegarem, e a empresa permitirá que os clientes personalizem o carro com uma série de opcionais, até recomendando alguns como o sistema de suspensão com lift, permitindo elevar o carro alguns centímetros para evitar raspá-lo em algumas situações. Mas, como referência, a Ferrari 296 GTB está acima da Roma, que é vendida no Brasil por R$ 3,3 milhões.

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