A BMW revelou nesta semana a novíssima geração do sedã Série 7 e logo de cara chamou atenção do público por conta do design. Considerado futurista e disruptivo na comparação com o conservadorismo das gerações anteriores do modelo, o visual dividiu opiniões e rapidamente deu o que falar. O mesmo aconteceu com o facelift do SUV topo de linha X7, enquadrado no mesmo estilo polarizador e ousado.
E qual a razão de apostar em traços tão polêmicos? Segundo o chefe de design da BMW, Domagoj Dukec, a motivação vem dos próprios consumidores. Em entrevista recente concedida à revista Car Magazine, o executivo explicou que boa parte dos clientes tem o desejo de chamar atenção nas ruas e se destacar diante da habitual normalidade. Essa parcela representa aproximadamente 33% do público, concentrados nos segmentos esportivo e de alto luxo.
Além do Série 7 e do X7, Dukec destaca que o Série 4 de nova geração seguiu pelo mesmo caminho. "No passado, o Série 4 era apenas um Série 3 mais esportivo, mas esses clientes são diferentes - eles querem um carro mais irracional e estão dispostos a pagar mais por essa expressão emocional", disse. "Essa parcela de clientes quer realmente polarizar", completou.
Por outro lado, os que preferem uma estética "elegante e harmoniosa" são aproximadamente 66%. Neste caso, são atendidos pelos modelos de design mais tradicional e de grande volume, como Série 1, Série 3 e Série 5. Estrategicamente, estes devem seguir com visual mais sóbrio e sem mudanças drásticas.
"Eu não acho que um bom design tenha que polarizar, mas acho que o conceito de beleza pode ser polarizador. Se um tipo de cliente está procurando um carro bonito e atemporal, é claro que vamos projetá-lo. Mas também há clientes que procuram algo como um X6, que certamente é polarizador - ou você odeia ou adora. Essa abordagem não funcionaria para um Série 3 ou um Série 5 porque eles vendem em volumes maiores", afirmou Dukec.
Design polêmico ou não, o fato é que a BMW está vendendo carros como nunca. Em 2021, a marca entregou em todo o mundo 2.213.795 veículos, alcançando seu melhor resultado anual de todos os tempos. Os números são ainda mais impressionantes levando em conta a crise gerada pela escassez de microchips e os efeitos da pandemia. Para efeito de comparação, a Mercedes-Benz vendeu 2.093.476 unidades e a Audi cerca de 1.800.512 exemplares.
Fonte: Car Magazine
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