A Honda continua a eletrificar toda a sua linha, oferecendo versões híbridas para praticamente todos os seus carros. O último a receber uma opção eletrificada é o novo Honda Civic, na variante batizada como e:HEV e que adota o mesmo conjunto mecânico do Accord, com um 2.0 aspirado e dois motores elétricos.
De acordo com a marca, faz 20 km/litro pelos testes oficiais na Europa. E ele pode vir ao Brasil, importado do Canadá, agora que deixou de ser feito em Sumaré (SP). Assim como foi com Fit (lá conhecido como Jazz) e HR-V, o Honda Civic híbrido será a única opção para o mercado europeu e apenas com a carroceria hatchback – o sedã também receberá o sistema e já fez sua estreia na Tailândia. As vendas terão início durante no terceiro trimestre e espera-se que a versão sedã seja apresentada nos próximos meses para os Estados Unidos e Canadá.
Como os últimos rumores apontavam, o carro recebe o mesmo sistema híbrido do Accord, um sistema que a Honda chama de e:HEV. O motor 2.0 aspirado de quatro cilindros de ciclo Atkinson trabalha em conjunto com dois propulsores elétricos combinados à caixa de transmissão. O carro funciona com três modos de operação. No EV, apenas o motor elétrico está em operação, usando a energia das baterias. Quando a carga fica baixa, o automóvel entra no modo Hybrid, ligando o motor a combustão para que sirva de gerador de energia, sem mover as rodas. Por fim, há o modo Engine, usado em velocidade de cruzeiro em que só o motor a combustão move o carro.
É ligeiramente diferente do motor do Accord, pois o sistema todo entrega uma potência total de 184 cv (no Accord são 215 cv), enquanto o torque é o mesmo, de 32,1 kgfm, controlados por uma transmissão de uma única engrenagem. A Honda diz que o motor 2.0 tem novos elementos, atingindo uma eficiência térmica de 41%, com o auxílio de uma nova unidade de controle. O resultado é um rendimento de 20 km/litro pelo ciclo de testes WLTP, o oficial para a União Europeia, e emitindo menos de 110 g/km de CO2.
Trata-se de um híbrido “normal”, recuperando a energia das frenagens e pela atuação do motor 2.0 como gerador, ao invés de ser reabastecido por uma tomada. A Honda não informou a capacidade das baterias de íon-lítio, dizendo apenas que ela tem 72 células e que fica posicionada sob os assentos traseiros.
Virá equipado com o pacote Honda Sensing, como parte da promessa da fabricante de colocar os itens de segurança em todos os seus carros na Europa. Conta com uma câmera frontal com um ângulo de 100°, oito radares (quatro na frente e quatro atrás), sensor de ponto cego, controle de cruzeiro adaptativo, assistente de permanência em faixa e muitos outros. A Honda diz que colocou mais componentes na estrutura para atender às rígidas normas do Euro NCAP, como mais barras laterais nas portas e 11 airbags.
Assim como na versão normal vendida nos Estados Unidos, terá um painel de instrumentos digital de 10,2" e uma central multimídia de 9" nas configurações mais caras. Algumas versões ainda terão Apple CarPlay e Android Auto sem fio, sistema de som com 8 alto-falantes ou com 12 alto-falantes da Bose, dependendo do carro escolhido.
Deve ser vendido nos EUA, substituindo o Insight (um sedã médio baseado no Civic e que é exclusivamente híbrido), que nunca foi um sucesso de vendas. Por aqui, esperamos pela nova geração do sedã para o 2º semestre, como prometido pela Honda, e há rumores de que o híbrido pode ser uma das poucas versões oferecidas, junto com a variante com o 1.5 turbo de 182 cv.
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