Guerra na Ucrânia: Honda e Harley suspendem vendas na Rússia
Sanções econômicas estão no caminho das motos
Com o conflito envolvendo Rússia e Ucrânia se estendendo por mais de 1 semana, as consequências já começam a ser sentidas tanto no setor automotivo quanto no de duas rodas. A rodada de sanções econômicas e políticas aplicadas por países do bloco europeu e seus aliados estão afetando os negócios.
Olhando especificamente para a indústria global de motocicletas, duas importantes montadoras anunciaram mudanças de estratégia em relação às operações na Rússia. Uma delas foi a Honda. De acordo com a imprensa japonesa, a marca tem planos de suspender temporariamente a exportação de carros e motos para o país.
A empresa cita que o mercado russo é destino de alguns SUVs fabricados nos EUA, enquanto ainda é consumidor de motocicletas asiáticas, feitas em países como o próprio Japão e Tailândia. O motivo declarado pela Honda teria sido as dificuldades logísticas por meio marítimo criadas tanto pela a situação de conflito quanto pelas sanções econômicas que a Rússia vem sofrendo.
Outra importante montadora de motocicletas que também alterou sua estratégia em relação a sua atuação no mercado russo foi a Harley-Davidson. A empresa deve suspender não só as vendas, como também sua operação por lá. A empresa norte-americana tem na Europa sua segunda maior operação, atrás apenas de seu país de origem, os EUA. Os norte-americanos vêm liderando a ofensiva de sanções contra a Rússia, no entanto, tal mercado possui cerca de 10 das 369 concessionárias europeias da Harley-Davison, apenas.
Porém, o presidente russo, Vladimir Putin, já foi fotografado em algumas oportunidades passeando com motos da marca norte-americana. Em 2010, inclusive, participou de um encontro na Ucrânia com outros motociclistas. Assim, a medida deve ter um efeito mais moral do que prático nos negócios da fabricante.
No entanto, isso geraria uma questão em relação às motos da Harley-Davidson que já estavam em trânsito para a Rússia. Analistas internacionais, por outro lado, afirmam que a empresa poderia simplesmente redirecionar tais modelos para outros mercados da Europa, que estão com a demanda em alta.
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