Considerado um dos nomes mais emblemáticos do portfólio da Volkswagen, o sedã Passat acaba de chegar ao fim na Europa. Por meio de porta-voz, a marca confirmou que encerrou a produção do modelo na fábrica de Emden, na Alemanha, ainda antes do Natal e que não há mais disponibilidade nem mesmo sob encomenda. O três-volumes sai de linha após décadas de atuação no mercado e deixa considerável reputação no segmento.
Em países como Reino Unido e Alemanha o modelo sequer aparece mais como opção no site da marca. A partir de agora, segue em fabricação apenas a carroceria Variant, que mantém clientela fiel e vende praticamente o dobro do que o sedã vendia. Órfãos do três-volumes que desejarem continuar na Volks passam a ter como alternativa o Arteon, modelo de design bem mais arrojado e dinâmico.
O fim do Passat já era esperado e reflete o péssimo momento vivido pelo segmento na Europa. Os SUVs têm avançado fortemente sobre a categoria e capturado mais e mais compradores. Sedãs de mesmo porte já passaram por modificações para encarar a nova realidade ou simplesmente serão substituídos. O Citroën C5, por exemplo, conseguiu se adaptar virando crossover, mas o Renault Talisman sairá de linha para dar lugar a um inédito SUV.
No caso do Passat, o substituto será por um sedã elétrico de igual porte. O modelo já foi flagrado por diversas vezes em testes e chegará ao mercado em 2023. Será construído sobre a plataforma modular MEB e, nas versões mais caras, equipado com bateria de 84 kWh. Neste caso, a autonomia poderá ficar na casa dos 700 km e garantirá diferencial importante diante da concorrência. Internamente, o modelo vem sendo chamado de Aero-B.
No Brasil, o Passat se despediu do mercado desde 2020. Já nos Estados Unidos, onde era vendido em versão exclusiva, foi descontinuado em 2021. Com o fim de linha agora na Europa, o três-volumes segue em produção apenas na China. Por lá, curiosamente, o modelo que conhecemos como Passat se chama Magotan, enquanto o batismo Passat é usado para nomear outro sedã.
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