A Fiat manteve o seu motor 1.8 E.torQ em linha até o último momento possível, junto com alguns modelos mais antigos. A fabricante silenciosamente retirou Doblò, Grand Siena e as versões de Argo, Cronos e Toro com motor 1.8 de seu site, movimentação que já era esperada. O Doblò sai de cena sem deixar um sucessor, enquanto o Grand Siena deve ser substituído por uma nova versão do Cronos. Para o hatch e o sedã, virá o 1.3 CVT.

O fim do motor 1.8 E.torQ já era confirmado pela própria Fiat, pois o propulsor não atendia as novas normas de emissões de poluentes e de ruídos do Proconve L7. Alguns carros já se preparavam para abandonar esta motorização, como foi o caso da Fiat Toro reestilizada, que adotou o 1.3 turbo e deixou somente a versão Endurance com o 1.8 (que também saiu de linha). Outro que prepara-se para abandonar o uso deste motor é o Jeep Renegade, o que acontecerá no início de 2022 – por lei, as marcas podem vender os carros com estes motores até março.

No caso de Argo e Cronos, o substituto será o 1.3 aspirado que já equipa a dupla, porém recebendo a transmissão automática do tipo CVT no lugar da caixa de 6 marchas com conversor de torque que fazia dupla com o 1.8.

Fiat Doblò

Há tempos fala-se sobre o fim do Doblò e muitas vezes circulou pela mídia de que a produção havia sido encerrada. Depois de cerca de três anos, isto finalmente torna-se verdade, encerrando a vida do monovolume após 20 anos e duas gerações. Também acaba com uma das poucas opções de carros de 7 lugares abaixo de R$ 200 mil, deixando este cargo para a Chevrolet Spin. Além de vender muito pouco, o Doblò estava no catálogo em versão única e com o 1.8 E.torQ, o que exigiria um investimento da Fiat para adaptar o carro com outro motor. Sem um volume que justificasse o aporte, era melhor encerrar sua carreira.

O Grand Siena era outro projeto antigo e que foi mantido nas lojas com foco nas vendas diretas, como foi com o Palio Fire e a geração antiga da Strada. Ainda tinha uma oferta mais abrangente, pois contava com duas versões, com os motores 1.0 e 1.4 Fire, além de ter a opção de vir de fábrica com uma preparação para GNV. E, apesar da idade, ainda vendia razoavelmente bem, somando 13.218 unidades entre janeiro e novembro – mais do que alguns carros mais atuais como Toyota Yaris Sedan ou Nissan Versa. Especula-se que o Cronos terá uma versão 1.0 Firefly no futuro, como um sucessor natural do Grand Siena.

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