No mês passado, você viu aqui no Motor1.com que a Harley-Davidson anunciou a criação de uma nova divisão que comercializaria exclusivamente motos elétricas. Foi assim que nasceu a LiveWire, usando o nome da primeira motocicleta movida por baterias da centenária história da fabricante de Milwaukee (EUA).
A LiveWire prometeu então que apresentaria sua primeira moto em julho e os primeiros detalhes foram revelados para o mercado norte-americano. Porém, quem esperava a introdução de um modelo inédito, vai se decepcionar. A “inédita” LiveWire ONE nada mais é que uma versão levemente repaginada da antiga Harley-Davidson LiveWire, com novos grafismos.
Os dados apresentados pela LiveWire para a ONE mostram que o motor elétrico, chamado de Revelation, tem os mesmos 106 cv de potência e 11,9 kgfm de torque da moto anterior. De acordo com a empresa, a ONE consegue acelerar de 0 a 96 km/h em 3 segundos, com velocidade máxima de 177 km/h.
Mais da Harley-Davidson:
Quem alimenta o motor elétrico da LiveWire ONE é um conjunto de baterias de 15,4 kWh. Com ele, a marca afirma que uma recarga de 0% a 80% de capacidade leva 40 minutos, ou uma hora para 100%, considerando o uso de uma estação de carregamento rápido em corrente contínua (DC), que geralmente tem capacidade para fornecer a partir de 50 kWh. Em uso urbano, a autonomia declarada para a moto é de 235 km, ou 153 km em uso misto.
A parte ciclística da LiveWire ONE também é a mesma da antiga Harley-Davidson LiveWire. Ela conta com suspensão dianteira Showa com garfo invertido, amortecedor único na traseira e rodas de liga leve de 17 polegadas. Os freios são da marca Brembo, tendo disco duplo na dianteira e único na traseira. O peso declarado é de 255 kg.
Já que a moto em si não mudou muito, ao menos a LiveWire encontrou uma maneira de chamar a atenção para a ONE, e foi uma manobra raríssima de se ver no Brasil atualmente. Enquanto a Harley-Davidson LiveWire saía por cerca de US$ 30 mil nos EUA (R$ 157.794), a nova LiveWire ONE está custando US$ 21.999 (R$ 115.710). Ou seja, ficou praticamente US$ 8.000 mais barata, após cerca de R$ 42 mil de desconto.