A Volkswagen anunciou nesta sexta-feira (5) seu plano de se transformar em um "provedor de mobilidade orientada por software". Essas palavras representam uma mudança profunda para a empresa - e para a indústria - em direção a um futuro automotivo eletrificado e digitalizado. No entanto, essa transformação não é algo rápido, o que significa que a VW continuará contando com motores a combustão por um tempo.
Modelos como Golf, Passat, T-Roc e Tiguan com motores a gasolina continuarão em linha, ganharão novas gerações e serão oferecidos em uma quantidade estável. Na apresentação, o CEO da VW, Ralf Brandstätter, disse que a empresa "ainda vai precisar de motores de combustão por um tempo", embora tenha acrescentado que devem ser "o mais eficiente possível". O executivo acrescentou que a próxima geração desses produtos - que estará disponível no mundo todo - virá equipada com a mais recente tecnologia híbrida plug-in, que permitirá até 100 quilômetros de alcance totalmente elétrico.
No entanto, a Volkswagen não fez qualquer menção ao modelo Arteon, o que não é muito surpreendente. No final do ano passado, foi reportado que provavelmente a empresa não criaria a segunda geração, já que estão colocando seu foco em crossovers e SUVs, modelos mais vendidos e rentáveis. A VW posicionou o Arteon como um sedã elegante e moderno, embora as vendas tenham sido péssimas. Recentemente, a montadora aplicou mudanças de estilo e mais equipamentos, mas ainda assim parece ser um produto que está apenas ganhando tempo.
O recado final é que haverá uma grande mudança, mas a sua transformação digital não acontecerá de uma hora para outra, mesmo com o investimento de 16 bilhões de euros (cerca de R$ 108,5 bilhões) em "e-mobilidade, hibridização e digitalização” até 2025.
O processo de aceleração de novos veículos elétricos da montadora já mostrará reflexos ainda este ano, com o ID.4 GTX com tração nas quatro rodas ainda no primeiro semestre, seguido pelo ID.5 no segundo semestre. Na China, o ID.6 X/Crozz deve chegar nesta primeira parte do ano também. A empresa também está planejando lançar um novo modelo abaixo do ID.3, que teve sua chegada adiada para 2025.
O cenário relatado por Brandstätter tem foco maior no mercado europeu. No Brasil, a Volkswagen já passa por uma reestruturação que visa dar maior rentabilidade e produtividade à empresa, focando em um portfólio com um número enxuto de versões para cada modelo.
Novidade importante para a nossa região será a chegada do Taos, SUV de porte médio que completará o portfólio do segmento mais quente do mercado. Veja aqui o cronograma de lançamentos VW para o Brasil em 2021.
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Fonte: Volkswagen
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