A fusão entre Fiat-Chrysler e Grupo PSA, dono da Peugeot e Citroën, deu mais um passo para ser concretizado. As empresas receberam o sinal verde do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), entrando na lista de países que aprovaram a operação, junto com China, Estados Unidos, Japão, Rússia e mais. O processo espera pela aprovação na União Europeia para seguir em frente e finalizar a fusão, o que acontecerá até o 1º trimestre de 2021.

Batizada como Stellantis, a futura empresa que surgirá da fusão entre Fiat-Chrysler e Grupo PSA ainda busca a aprovação das agências antitruste em diversos mercados para seguir em frente. O principal é a União Europeia, onde as duas empresas tem mais força e onde ficam as sedes de ambas. Para conseguir a aprovação, ambas as fabricantes fizeram algumas concessões, como a promessa de fortalecer a parceria da PSA com a Toyota na produção de vans.

Galeria: PSA e FCA - Fusão

Apesar da pressa para finalizar o processo, alguns detalhes ainda não estão claros. No anúncio inicial, a promessa era que nenhuma das marcas deixaria de ser oferecida, fazendo com que a Stellantis tivesse 13 marcas diferentes. Nos últimos dias, informações surgiram na imprensa internacional dizendo que os executivos já consideram cortar modelos e marcas, principalmente no mercado chinês.

A proposta seria de que a equipe da PSA ficará responsável por desenvolver os modelos pequenos e médios da empresa, enquanto a Fiat-Chrysler ficará com os SUVs e utilitários como picapes. A expectativa é que a plataforma CMP, usada pelo novo Peugeot 208, sirva de base para novos modelos como a volta do Punto para a Europa, com a vantage de estar pronta para uma versão elétrica.

Até o momento, não há qualquer informação oficial sobre como a fusão entre Fiat-Chrysler, Peugeot e Citroën irá afetar o mercado brasileiro. As possibilidades são muitas, como o uso da plataforma CMP pela Fiat, para uma próxima geração do Fiat Argo e do futuro SUV compacto; ou a adoção dos motores Firefly pela PSA, tanto na versão aspirada quanto turbo. A resposta só deve aparecer no ano que vem, quando a fusão for finalizada.

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