Apesar do CEO da Volkswagen América Latina, Pablo Di Si, ter dito que a Volkswagen Tarok está congelada, parece que a marca está bem interessada em transformar o protótipo em realidade. Quem fala agora sobre entrar neste segmento é Scott Keogh, CEO da empresa nos Estados Unidos, comentando que a fabricante está de olho na movimentação de seus rivais e como poderia ser uma sucessora da Rabbit Pickup (também conhecida como Caddy), picape do Golf que foi vendida no país.
Em entrevista ao site Autoline, Keogh comentou sobre como o segmento de picapes monobloco compactas está se movimentando. “Eu acho que você vê a Ford discutindo isso e a Hyundai obviamente está fazendo uma também. É algo que vale a pena investigar” disse o executivo. Ele sugere que um carro deste tipo poderia custar a partir de US$ 25 mil (R$ 132 mil) e que precisa chegar ao mercado “com estilo Volkswagen, um bom pacote, grande economia de combustível e grande entusiasmo.”
O executivo está comentando sobre como a Ford está trabalhando na Maverick, já vista em testes e que a marca norte-americana confirma para o ano que vem, tanto para o Brasil quanto para os EUA. Ficará abaixo da Ranger e será feita no México. A Hyundai também iniciou o desenvolvimento da tão esperada Santa Cruz, picape baseada no Tucson que apareceu como conceito em 2015 e só agora será feita, também prevista para o ano que vem.
Ele até comentou sobre a possibilidade de oferecer uma picape eletrificada, mas seu entusiasmo está em uma picape normal abaixo da Amarok, que poderia atrair uma nova geração de clientes de carros compactos. Segundo Koegh, há mais espaço para a Volkswagen crescer nesta categoria do que criando uma picape grande para brigar com Chevrolet Silverado e Ford F-150, que já está dominado e a marca não teria como se diferenciar.
Como a Tarok é uma picape monobloco feita com a plataforma modular MQB, isso facilita que os designers e engenheiros trabalhem com mais flexibilidade. Além disso, a arquitetura já é utilizada por vários carros no mercado norte-americano e é produzida tanto em Tennessee (EUA) quanto em Puebla (México), o que ajudaria a fazer a picape para a região.
Caso a Volkswagen Tarok saia da gaveta, isso levará um tempo. Segundo Pablo Do Si, chefe da marca no país, todos os investimentos foram congelados e terão que reavaliar todos os novos produtos. Alguns podem ser cancelados, outros apenas atrasados, mas a empresa precisa tomar cuidado com o seu caixa durante dois a três anos.
Fonte: Autoline
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