Cumprindo a promessa de voltar a produzir na Europa, a Volkswagen reiniciou sua fábrica em Wolfsburg (Alemanha), a principal linha de montagem da empresa no mundo. O retorno acontecerá em etapas, começando com algo em torno de 10 a 15% da capacidade total, para montar a nova geração do Golf. Se tudo der certo, a marca espera subir este número para 40% já na semana que vem e seguir o plano de reiniciar a produção em outros locais do mundo – incluindo o Brasil, onde a retomada está prevista para maio.
De acordo com a Volkswagen, a produção do Golf será feita num único turno, com capacidade reduzida e maior tempo entre os ciclos. Para isso, cerca de 8 mil funcionários retornarão à fábrica. Daqui a dois dias será a vez de reiniciar a produção do SUV Tiguan e da minivan Touran, além do SEAT Tarraco. A marca espera conseguir montar aproximadamente 1.400 veículos até o final da semana, subindo para 6 mil unidades na semana que vem, quando também recomeçarão os demais turnos.
A operação está sendo feita com a ajuda do governo local, discutindo formas de como elevar as vendas de veículos para estimular a volta da produção. Cerca de 70% das concessionárias no país já reabriram as portas no país. O aumento da produção ainda está alinhado com o retorno de mais de 2.600 fornecedores, boa parte deles na Alemanha, para atender à demanda da Volkswagen.
Para que isso fosse possível, a marca criou uma estratégia com 100 pontos para proteger seus funcionários de novos casos de Covid-19. Conta com regras específicas de distanciamento e higiene, tanto dentro da fábrica quanto fora. A empresa irá falar com cada funcionário diariamente antes dele sair de casa, medindo a temperatura e passando por uma lista de checkup. Eles terão que usar máscaras protetoras o tempo todo em áreas onde a distância mínima de 1,5 metro não for possível. Os escritórios estão sendo alterados para aumentar a distância entre as pessoas, mantendo a opção de home office para muitos colaboradores.
O mesmo plano será usado por todas as fábricas da Volkswagen no mundo e, além disso, a montadora compartilhou a estratégia com mais de 40 mil fornecedores e parceiros de logística ao redor do mundo. Desta forma, todos poderão reiniciar as suas fábricas, ajudando a indústria a se recompor com a redução dos casos de coronavírus na Europa.
No Brasil, o presidente da Volkswagen para a América Latina, Pablo Di Si, revelou que pretende retomar a produção local em maio, embora ainda não tenha uma data definida. Segundo o executivo, isto depende de uma série de fatores, como os fornecedores e a situação do país no combate à Covid-19.
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