#TBT Motor1 - A história do Fiat Palio no Brasil

Fruto do projeto 178, compacto estreou em 1996 como grande aposta para mercados emergentes

Fiat Palio EL 1996 Fiat Palio EL 1996

A história do Fiat Palio estreia, nesta quinta-feira, a mais nova seção do Motor1. Trata-se do nosso #TBT, uma hashtag usada nas redes sociais para marcar fotos que se referem ao passado. Tbt significa significa throwback thursday, que em inglês quer dizer quinta-feira do retorno ou regresso. Então, já sabe, a partir de agora quinta-feira é dia de relembrar momentos do setor automotivo aqui no site. Participe mandando suas sugestões nos comentários!

Responsável por liderar as vendas da Fiat no Brasil durante diversos anos, o Palio passou dessa para uma melhor definitivamente nesta semana. Lançado por aqui em abril de 1996, o modelo compôs o portfólio da marca por praticamente 22 anos e acaba de deixar as linhas de montagem da fábrica de Betim (MG) em decorrência, especialmente, da boa receptividade obtida pelo Argo de entrada. Nestas duas décadas, constituiu família graças aos derivados Weekend (perua), Siena (sedã) e Strada (picape), ao mesmo tempo em que rivalizou diretamente com modelos como Volkswagen Gol, Chevrolet Corsa, Ford Fiesta, Peugeot 206 e Renault Clio, entre outros compactos nacionais.

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Batizado em homenagem a uma corrida de cavalos tradicional da Itália, o Palio surgiu pelas mãos do Centro de Estilo I.D.E.A, na Itália, com design fortemente inspirado no Punto da época. Chegou ao Brasil em abril de 1996, como fruto do chamado projeto 178. A estreia por aqui aconteceu na cidade histórica de Ouro Preto (MG), onde 20 anos antes a Fiat havia apresentado o precursor 147. Logo de cara, chamou atenção pelo visual arredondado e alinhado com as mais recentes tendências da Europa, bem como pelo acabamento esmerado presente principalmente nas versões mais caras, como a 16V equipada com motor 1.6 de 106 cv.

Projeto emergente de alcance global, o Palio chegou não apenas à América do Sul, como também ao Leste Europeu, África do Sul, Índia, China e até Coreia do Norte. Ao longo destes anos, teve versões básica ED 1.0, esportiva 1.8 R, aventureira Way e até a urbana Citymatic, que tinha câmbio manual, mas sem pedal de embreagem. Confira na galeria no alto os detalhes sobre as principais reestilizações e gerações do modelo.

Fotos: Divulgação

2ª geração (2012 a 2017)

Na linha 2012, o Palio finalmente recebe uma nova geração. Era oferecida em versões Attractive (1.0 e 1.4), Essence (1.6 manual ou Dualogic) e Sporting (1.6 manual ou Dualogic). O Fire Economy ganha apenas uma nova grade. 

Em 2013, as versões com motor 1.4 e 1.6 recebem ABS e airbag de série. Em 2014, com a exigência da legislação, todas as versões recebem os itens de segurança. 

Em 2017, primeiro acontece o fim do Palio Fire. Depois, com a chegada do Argo, as versões 1.4 e 1.6 se despedem. Este mês, o Palio sai de linha definitivamente, na versão 1.0. 

4º facelift (2010 a 2011)

Em 2009, o Palio recebe os mesmos faróis do Siena, após proprietários fazerem a mudança por conta própria em diversos casos. A versão Fire se torna Fire Economy e é lançada a versão ELX 1.8. Em 2010, ABS e airbag viram opcionais em toda a linha, assim como o câmbio Dualogic (automatizado de embreagem simples) com motor 1.8.

Em 2011, o motor 1.8 GM é substituído pelo 1.6 16V EtorQ, de origem Tritec,  com 116/117 cv. Chega ao fim o 1.8 R. A versão ELX é rebatizada para Attractive e a HLX, para Essence.

3ª Reestilização (2008 a 2009)

Para 2008, o Palio recebe sua 3ª reestilização, polêmica pois utilizava um farol mais simples que Siena, Strada e Palio Weekend. Na traseira, a lanterna baixa lembrava o Daihatsu Charade. As versões eram apenas Fire 1.0 (carroceria antiga), ELX 1.0 e 1.4 e a 1.8 R.  

2ª reestilização (2004 a 2007)

Em 2003 (linha 2004), estreou no mercado a 2ª reestilização. Mais profunda que a anterior, a reforma rejuvenesceu o Palio com faróis maiores, lanternas com novo formato e interior inteiramente remodelado - trabalho mais uma vez tocado por Giugiaro. 

Era lançado com motorizações apenas flex, nas versões EX (1.0 8V de 65/66 cv), ELX (1.0 e 1.3, 70/71 cv) e HLX 1.8 8V (113 e 115 cv). Manteve a versão Fire 1.0, com carroceria anterior e interior de 1996. 

Em 2005, houve a substituição do motor 1.3 8V pelo 1.4 8V, de 80/81 cv. Em 2006, estreava o Palio 1.8 R, com o motor GM, e a versão ELX 30 anos, comemorando os 30 anos de Fiat no país.

Em 2007, o fim do Palio EX 1.0 e do HLX 1.8. A versão Fire ganha a nova carroceria, mas mantinha o interior da anterior. 

1ª reestilização (2001 a 2003)

Em 2001, a Fiat lançava a primeira reestilização do Palio, assinada pelo famoso designer Giurgetto Giurgiaro. Mudava principalmente na dianteira e traseira, com faróis e grade mais afilados e lanternas traseiras transparentes. A carroceria antiga era mantida em apenas uma versão, a Young, com motor 1.0 Fiasa, como modelo de entrada.

O Palio 2001 era vendido nas seguintes versões: EX, com o novo motor 1.0 8V Fire (55 cv), ELX 1.0 16V (70 cv), ELX 1.3 16V (80 cv) e Stile 1.6 16V (106 cv), além da série 25 anos, comemorando os 25 anos de Brasil da Fiat. 

Em 2003, chegava ao fim do Palio Young. Nas versões EX e ELX, a adoção do motor Fire 1.3 8V com 70/71 cv no lugar do 1.3 16V. Na Stile, o adeus ao motor 1.6 16V para a utilização do 1.8 8V, de origem GM, com 113/115 cv. 

Modelo 1996 - 1ª geração (1996 a 2000)

A Fiat planejava substituir o Uno com o Palio. Projeto global, chegou ao Brasil chamando a atenção pelo design totalmente diferente do "caixote" Uno, com linhas arredondadas e frente em cunha.

Estreou em versões EL, com motor 1.5 Fiasa (monoponto, 76 cv) e 16V, com motor 1.6 italiano chamado Torque, de 106 cv. Em todas, haviam opções de 2 ou 4 portas, com airbag como opcional na versão 16V. Meses depois ganhou as versões ED e EDX, estas com motor 1.0 Fiasa de 61 cv. 

Em 1998, novas versões: surgia a EX de entrada com motor 1.0, enquanto a EL trocava o motor 1.5 por um 1.6 82 cv, ainda com injeção monoponto. Deposi veio a intermediária ELX, com motor 1.0 ou 1.6 8V - que mais tarde receberia injeção multiponto para chegar a 92 cv. 

Em 1999, era lançado o Palio City e o Citymatic (1.0 MPI), este último com o sistema de embreagem automático, algo que apenas o Mercedes-Benz Classe A possuía até então. O câmbio era manual, mas não havia pedal de embreagem. 

Em 2000, chegava a versão ELX com motor Fire 1.3 16V, com acelerador eletrônico (Drive By Wire) e 80 cv. Chegavam ao fim as versões ED e EDX (1.0) e EL (1.5 e 1.6 8V) e era lançado o Palio Stile, com o 1.6 16V de 106 cv. 

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