Ao mesmo tempo em que segue sendo cortejado por uma série de interessados chineses, o grupo FCA prepara internamente alternativas para estimular a competitividade e facilitar uma eventual transação. Conforme relata a agência de notícias Automotive News Europe, uma opção que vem sendo fortemente considerada diz respeito à possibilidade de emancipação das marcas Alfa Romeo e Maserati. A ideia seria repetir o caminho trilhado pela Ferrari em 2016 e garantir foco total em fabricantes que rendem maiores volumes, como Fiat, Dodge, Ram e Jeep.
Na concepção de alguns analistas de mercado, a medida deixaria a FCA mais "enxuta" e facilitaria a atração de potenciais compradores. A ação incluiria ainda o desmembramento da Magneti Marelli, que vale algo em torno de US$ 5 bilhões. Juntas, Alfa e Maserati têm valor estimado em US$ 8,3 bilhões. De todo modo, é certo que uma decisão definitiva deverá sair apenas em 2018, data em que o CEO Sergio Marchionne anunciará novos planos estratégicos.
Especialistas ouvidos pela agência afirmam que a estratégia pode não se repetir de forma tão positiva como aconteceu no caso da Ferrari. Isso porque a Alfa ainda engatinha no objetivo de tornar-se uma verdadeira marca premium global e, junto com a Maserati, demanda bilhões de dólares em investimentos para lançar novos modelos. Um eventual parceiro estrangeiro poderia surgir como solução para esta falta de capital, mas nada é concreto por enquanto.
Alguns analistas, porém, fazem suas apostas. É o caso de David Sullivan, da consultoria AutoPacific, que cravou: "o único comprador que teria dinheiro e razão para assumir a FCA não poderá vir de outro lugar que não seja a China".
Fonte: Automotive News
Fotos: Divulgação e arquivo Motor1.com
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