Sediada na região administrativa de Colônia, na Alemanha, a divisão europeia da Ford registrou nesta semana a patente de um inovador sistema de injeção direta de água. Apesar de não ser inédita (seu uso é conhecido desde os aviões de combate da Segunda Guerra Mundial), a tecnologia passou por aperfeiçoamentos e surge agora como trunfo técnico com potencial para gerar ganhos em eficiência e redução nos índices de emissões. Motores sobrealimentados seriam os principais beneficiados.

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O dispositivo desenvolvido pela Ford é caracterizado pela injeção de água, em alta pressão, diretamente na câmara de combustão. Normalmente, água pressurizada seria injetada no coletor de admissão e a temperatura, então, seria reduzida para evitar a detonação. Graças a um novo tipo injetor, a injeção de combustível poderia ser feita ao mesmo tempo, de modo a criar uma espécie de capa de água em volta do jato de gasolina - sendo a ECU encarregada de gerenciar todo o processo.

 

Ford motor EcoBoost

 

Na prática, este sistema permite maior controle sobre a pré-detonação, com consequente redução da dependência do sistema de recirculação de gases de escape (EGR). Os resultados viriam na liberação de maior fluxo de gases para o turbocompressor, com aumento de performance. Dessa forma, em situações que exigem esforço extra do motor, o consumo de combustível não seria tão fortemente afetado. 

Os propulsores da família EcoBoost seriam os principais beneficiados, incluindo desde o pequeno 1.0 usado no Fiesta, até o 3.5 biturbo da F-150 Raptor.

Fotos: divulgação

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