Jaguar E-Pace, menor e mais barato que o F-Pace, faz sua estreia
Novo SUV, 2º da Jaguar, deverá se tornar ainda mais bem sucedido do que seu irmão maior
Se você costuma acompanhar nossas matérias de mercado, sabe que um dos modelos mais bem sucedidos entre os SUVs e crossovers premium é o Jaguar F-Pace. Ele anda vendendo acima da expectativa para um modelo tão caro e luxuoso. Imagine o quanto um SUV um pouco menor e mais barato não poderia fazer pela Jaguar não só no Brasil, mas em todo o mundo? É exatamente este papel que será cumprido pelo novíssimo E-Pace, mostrado nesta quinta (13) no Reino Unido.
Quando falamos "menor", nos referimos a um modelo do tamanho do BMW X1, contra o qual ele vai concorrer diretamente. Enquanto o alemão tem 4,44 m de comprimento, o novo Jaguar E-Pace tem 4,40 m de comprimento, 1,65 m de altura, 1,98 m de largura e um entre-eixos de 2,68 m. Seu porta-malas comporta 577 l de bagagem. O desenho elegante permite um coeficiente aerodinâmico de apenas 0,325. A área frontal não foi divulgada.
O E-Pace é construído sobre a plataforma do Evoque e do Discovery Sport. Por conta disso, a tração de sua versão mais simples, com motor Ingenium turbodiesel de 2 litros e 150 cv e câmbio manual de 6 marchas, é dianteira. Um arranjo que, segundo a Jaguar, maximiza a eficiência energética. Para todas as demais motorizações do crossover, a tração é nas quatro rodas. Só que, com o novo sistema Active Driveline All-Wheel Drive, a tração traseira é privilegiada, para dar ao modelo o mesmo tipo de dirigibilidade que modelos "empurrados" pelo eixo de trás oferecem.
Inicialmente, informamos que a plataforma seria a iQ-Al, também chamada de D7a, uma modular que serve de base para o XE e para o F-Pace, mas o E-Pace é um modelo feito para custar menos, daí usar uma plataforma mais antiga (e barata). Com isso, não seria nada difícil termos o E-Pace fabricado no Brasil, mais precisamente em Itatiaia, onde já são produzidos, precisamente, o Evoque e o Discovery Sport. Pedimos desculpas a nossos leitores pelo erro.
A potência máxima do motor turbodiesel de entrada chega a 3.500 rpm, com 38,8 kgfm a 1.750 rpm. Além da tração dianteira, este motor também pode vir com tração integral e câmbio automático de 9 marchas. Quem quiser um turbodiesel mais forte tem as opções de 180 cv a 4.000 rpm e 43,9 kgfm a 1.750 rpm, com câmbio manual ou automático, e de 240 cv a 4.000 rpm e 51 kgfm a 1.500 rpm. Este vem exclusivamente com a transmissão automática de 9 marchas.
Os motores Ingenium a gasolina oferecem duas potências: 249 cv a 5.500 rpm, com 37,2 kgfm de 1.200 rpm a 4.500 rpm, e 300 cv na mesma rotação, com 40,8 kgfm de 1.500 rpm a 4.500 rpm. Os modelos com estes motores vêm exclusivamente com tração nas quatro rodas e caixa automática. O de 300 cv atinge os 100 km/h partindo do 0 em 6,4 s e a velocidade máxima, eletronicamente limitada, de 243 km/h.
O E-Pace terá três versões: S (de entrada), SE e HSE. Todas elas poderão ser encomendadas com o pacote R-Dynamic, mais esportivo, com detalhes como bancos envolventes, costuras contrastantes, revestimento Ebony Morzine, escuro, no teto e o emblema que se vê no volante, acima. Por fora, o pacote inclui as partes centrais inferiores dos para-choques em metálico acetinado, semelhante a uma proteção de alumínio, um acabamento que se estende às saídas de ar laterais, nos para-choques dianteiros, e nos contornos da grade dianteira.
Para começar carreira, o E-Pace venderá a First Edition em seus primeiros 12 meses, uma edição especial com os motores turbodiesel de 180 cv e o a gasolina de 249 cv apenas com a transmissão automática. Sempre baseada nos modelos R-Dynamic SE. Ela será vendida em 3 cores: Caldera Red (vermelha), exclusiva da First Edition, Yulong White (branca) e Santorini Black (preta). As rodas diamantadas de liga leve, com acabamento Satin Grey e de aro 20", vem com 6 raios duplos.
O E-Pace, como de costume, vem com uma série de itens de segurança, como DSC (controle dinâmico de estabilidade), RSC (controle contra capotamento), ETC (controle eletrônico de tração), TSA (controle de estabilidade com reboque), HSA (assistente de partida em rampa), EBA (assistente em frenagens de emergência, CBC (controle de frenagem em curvas), Blind Spot Assist (alerta de ponto cego), Forward Traffic Monitor (monitor de tráfego à frente), Adaptive Driving Beam (faróis adaptativos), Active Bonnet (sistema que eleva o capô em casos de atropelamento) e Jaguar Emergency Braking (frenagem de emergência).
Outros elementos dignos de nota no E-Pace são o head-up display com tecnologia TFT, que projetaria as informações no para-brisa com definição muito melhor do que os sistemas atuais, o quadro de instrumentos de 12,3" opcional, também em TFT, o sistema multimídia com tela de 10" sensível ao toque, Activity Key (uma pulseira que permite abrir o carro e dar a partida), Configurable Dynamics (que permite configurar o comportamento dinâmico do SUV) e Adaptive Dynamics.
Se o F-Pace é um jaguar crescido, o E-Pace seria um filhote. Pelo menos é com isso que a marca brinca em uma série de Easter Eggs, como a luz com que os retrovisores iluminam o chão antes de o dono entrar no carro ou na base do parabrisa, como se pode ver na imagem abaixo.
Aqui não tem aquela história de "Luiz, respeita Januário". O filho deve superar, por larga margem, o pai. Ainda que o progenitor já seja muito bem sucedido, como no caso dos SUVs da Jaguar.
Fotos: divulgação
Galeria: Jaguar E-Pace faz estreia mundial
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