Chevrolet Tracker pode ser fabricado no Brasil?

Colunista Fernando Calmon vê reforma da fábrica de São Caetano do Sul como chance de aumentar volumes do crossover compacto

Chevrolet Tracker 1.4 Turbo 2017 Chevrolet Tracker 1.4 Turbo 2017

Que a Chevrolet precisa ter um modelo mais competitivo entre os crossovers compactos não é novidade. O Tracker, recentemente renovado e com chances de competir de igual para igual com os líderes do mercado, vem importado do México, o que restringe os volumes que podem ser vendidos por aqui. A solução, segundo o colunista Fernando Calmon, é a reforma da fábrica de São Caetano do Sul, que poderia permitir a fabricação do Tracker por aqui.

Leia também:

O modelo é fabricado sobre a plataforma GSV, a mesma de Onix, Prisma, Spin e Cobalt, o que facilita bastante as coisas. Para aumentar a urgência, a Chevrolet lançará no Brasil o Equinox. Previsto para o segundo semestre deste ano, o modelo virá do México (ainda que também pudesse ser fabricado na região, mais especificamente na Argentina, de onde também sai o Cruze).

 

 

Com sua importação, a cota para o Tracker diminui. A não ser que a GM queira vender menos crossovers (compacto e médio), do que poderia com sua enorme rede de concessionários. Cá entre nós, quem entra em um jogo de volumes para se contentar com pouco? A argumentação de Calmon faz todo o sentido, ainda que não bata com o que ficamos sabendo. O diretor do Motor1.com, Fábio Trindade, foi informado na avaliação do Tracker de que podemos apostar na nova geração do Tracker, não no atual. A fábrica de São Caetano do Sul estaria sendo preparada para a próxima geração de Onix, Prisma e Tracker, construídos sobre uma evolução da GSV. Eles chegariam em 2019, com novos motores de 3 cilindros.

 

 

Ainda segundo Calmon, além do Tracker, a reforma da fábrica de São Caetano do Sul também poderia abrir espaço para a nova geração da Montana. Ela é outro produto que será feito sobre a plataforma GSV. Isso se a GM não preferir criar uma picape médio-compacta, no estilo da Fiat Toro, que exigiria a plataforma D2XX, usada pelo Cruze e pelo Equinox. Ou as duas.

 

 

A parte triste desta história toda é que a picape não será mais um projeto brasileiro. O centro de desenvolvimento da GM no país, assim como o de design, foi desativado. Reflexo da crise econômica e do cansaço com as possibilidades nunca realizadas do país. Como o de ter um mercado de mais de 3 milhões de unidades por ano. Ou de ser uma plataforma de exportação. Ou de ser globalmente competitivo... Infelizmente, ficamos sempre na promessa.

Fotos: divulgação e arquivo Motor1.com

Fonte: Coluna Alta Roda, de Fernando Calmon

Envie seu flagra! flagra@motor1.com