Nos anos 1990, nasce o "carro popular", modelos básicos com motores 1.0 e algumas vantagens fiscais em busca da popularização do automóvel no nosso país. Funcionou por muitos anos, mas o cenário atual parece estar apagando este tipo de segmento. A apresentação do Renault Kwid 2023 mostra dois caminhos para isso.

Por um lado, o Kwid 2023 segue como o carro mais barato do nosso mercado, único a oferecer uma versão abaixo dos R$ 60 mil e já equipada com ar-condicionado e direção elétrica. Por outro lado, um consumidor mais exigente (e um aumento forte de preços no último ano) afastam compradores que, com este valor, procuram um mercado de usados e não querem pagar este valor por um carro pequeno.

 

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Ao mesmo tempo, o consumidor procura carros mais completos - basta ver que o próprio Kwid aposentou sua versão mais básica, que chegou a representar apenas 1% das vendas. Temos um carro de acesso com controles de tração e estabilidade, sistema multimídia com espelhamento e 4 airbags, algo inimaginável há alguns anos e reflexo do movimento do mercado. 

Como este segmento sobreviverá? Carros pequenos, econômicos, com uma proposta "SUV" e com um pacote de equipamentos bom parecem fazer parte das exigências do consumidor. Acima dele, já estamos indo aos hatches compactos que começam em R$ 70 mil, como Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Fiat Argo. Lançamentos como o Citroën C3 devem aquecer esta discussão ainda em 2022, além das mudanças no Fiat Mobi

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