Divisor de águas: 10 invenções que revolucionaram o mundo dos carros

Do cinto de segurança aos retrovisores laterais, estes itens mudaram a forma de fazer automóveis

10 invenções que revolucionaram os carros 10 invenções que revolucionaram os carros

Não há dúvidas de que o automóvel é uma máquina impressionante, que nunca deixou de evoluir e se reinventar desde sua origem. Em muitos casos, pela necessidade crescente de aperfeiçoar a segurança aos ocupantes ou o conforto a bordo.

Em outras ocasiões, a economia de combustível ou a ambição de oferecer algo melhor do que a concorrência foram os motivos que levaram o carro a dar grandes passos adiante. Em qualquer caso, nesta lista, mostramos 10 invenções que mudaram a história do automóvel para sempre.

E, felizmente, o futuro parece promissor, já que temos certeza de que, nos próximos 20 anos, o carro evoluirá mais do que em toda a sua história. Confira a galeria acima.

Mais listas:

Sistema de condução autônoma

Trata-se de uma nova tecnologia que os especialistas do setor apontam como o futuro do automóvel. Alguns carros já utilizam, como Audi, BMW, Mercedes-Benz, Tesla e Volvo. Atualmente, o mais avançado é o Audi A8, com um sistema de condução autônoma de nível 3. Ou seja, este carro pode andar sozinho, sem qualquer ação do motorista, com uma velocidade máxima de 60 km/h, graças a um sistema que analisa o trânsito. Além disso, esses sistemas também são capazes de alterar a velocidade de acordo com as placas de trânsito e realizar manobras como mudança de pista automaticamente.

Controle de cruzeiro adaptativo

A principal característica deste equipamento é que, além de manter uma velocidade constante, ele pode acelerar ou frear de acordo com o carro adiante. Para isso, ele utiliza radares de longo alcance e uma câmera que, em geral, está posicionada na grade frontal ou na traseira do retrovisor. O controle de velocidade de cruzeiro adaptável começou a se popularizar há uma década e tornou-se a base para os sistema de condução autônoma.

Controle eletrônico de estabilidade (ESP)

Esta é a invenção que mais salvou vidas, depois do cinto de segurança. E que surgiu por acidente, literalmente. Em 1989, um engenheiro da Mercedes-Benz, Frank Werner Mohn, perdeu o controle de seu Classe E (W124) na Suécia, enquanto ia para uma pista de testes da fabricante. Enquanto esperava pelo guincho, pensou se seria possível utilizar os sensores dos freios ABS para perceber a velocidade de cada roda e fazer os freios serem acionados de forma seletiva, para evitar acidentes como o que acabara de sofrer.

A fabricante viu a ideia com bons olhos. Assim, Mohn começou a desenvolver um algoritmo que permitisse calcular quanto cada roda deveria frear para estabilizar o veículo. Quando conseguiu, aumentou a quantidade de sensores do ABS e incluiu uma nova peça ao veículo: um giroscópio de um helicóptero de rádiocontrole, capaz de medir a rotação do veículo em seu eixo vertical e, portanto, detectar uma derrapagem.

O sistema funcionou como deveria, mas tinha reação lenta. Então trocaram o giroscópio de brinquedo por um utilizado nos mísseis Scud. O resultado? Um dos principais gerentes da marca, conhecido por não ser muito habilidoso ao volante, foi encarregado de testar o sistema pela primeira vez em uma pista congelada. Para a surpresa de todos, ele foi capaz de marcar o mesmo tempo de volta que os melhores pilotos de teste da empresa, com uma grande sensação de segurança.

Então, em 1992, a Mercedes-Benz começou a desenvolver um controle eletrônico de estabilidade junto à Bosch, para seus modelos de produção, que estreou no Mercedes CL 600. Uma tecnologia que, desde novembro de 2011, é obrigatória em todos os carros vendidos na União Europeia.

Motor a diesel

Ainda que o engenheiro alemão Rudolf Diesel tenha inventado este motor em 1883, ele só foi utilizado pela primeira vez num carro de produção em 1936, quando equipou o Mercedes-Benz 260 D. Especificamente, este veículo foi equipado com um motor aspirado de quatro cilindros, que desenvolvia 45 cv a 3.200 rpm e tinha consumo médio de 11 km/l. Hoje parece um carro beberrão, mas foi uma revolução na época, pois era capaz de viajar mais de 400 km sem reabastecer, numa época em que os postos de gasolina eram escassos.

A partir daí, os motores a diesel começaram a ganhar força nos automóveis, devido ao seu baixo consumo. Principalmente a partir dos anos 1980, quando a adição do turbocompressor fez com que seu desempenho pudesse ser comparado ao dos modelos a gasolina. Atualmente, seguem como os motores mais interessantes para quem circula com frequência nas estradas, graças ao seu baixo consumo. Mas isso tende a mudar, agora que os motores gasolina estão mais eficientes e as fabricantes apostam cada vez mais em modelos híbridos.

Sistema de direção nas quatro rodas

A Mercedes-Benz introduziu um sistema de direção nas quatro rodas pela primeira vez em um veículo militar, o VL 170 da foto acima. Isso permitia que o volante esterçasse as rodas traseiras no sentido oposto ao das rodas dianteiras, reduzindo o diâmetro de giro em terrenos complicados.

O primeiro modelo de rua a adotar este sistema, com controle eletrônico, foi o Honda Prelude de 1988. Nos anos 1990, a Citroën fez com o ZX, que trazia um eixo posterior que aproveitava a inércia gerada nas curvas para “deformar” sua suspensão traseira e gerar um efeito direcional.

Vários anos depois, a Renault voltou a usar este sistema no Laguna GT, lançado em 2007. Atualmente, muitos carros esportivos estão aproveitando isso para melhorar o comportamento em voltas rápidas, como é o caso do Porsche 911. 

Ar-condicionado

“Esqueça o calor deste verão no único carro com ar-condicionado do mundo.” Assim dizia a publicidade do Packard 120, lançado em 1939, ostentando a invenção.

No entanto, naquela época, o ar-condicionado tinha alguns problemas: o sistema de refrigeração (uma espécie de compressor primitivo) ocupava todo o porta-malas e só tinha duas posições: ligado e desligado.

Felizmente, os sistemas de ar-condicionado melhoraram muito e, atualmente, os mais avançados permitem controlar a temperatura e o fluxo de ar para cada um dos ocupantes, de forma individual.

Sistema de frenagem automática de emergência e detecção de pedestres

Os primeiros assistentes de frenagem de emergência automática urbana apareceram pela mão da Volvo há uma década. Na época, utilizava uma câmera de laser infravermelho, capaz de frear veículos por conta própria em velocidades abaixo de 30 km/h, para evitar (ou reduzir) uma colisão. Desde então, estes sistemas não param de evoluir e, hoje em dia, alguns carros como os Mercedes-Benz Classe E e Classe S podem frear sozinhos a até 200 km/h, combinando dados de radares de longo alcance com câmeras estereoscópicas, para detectar os pedestres e evitar atropelamentos.

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