Lançado em 1980, o Gol manteve sua plataforma praticamente intocada até 2008. Neste meio tempo, o hatch compacto da Volkswagen recebeu importantes reformulações, como o fim do modelo "quadrado" e a chegada do "bolinha", além de suas consequentes reestilizações, como o Gol G3 (que recebeu o primeiro motor flex de produção), e o G4 (que não foi muito popular por sua simplicidade exagerada).
Após o lançamento do Polo, em 2002, e do Fox, em 2004, muitos apostavam que o fim do Gol estava próximo. Mas, em junho de 2008, a Volkswagen apresentava o Gol G5. A partir deste momento, o hatch passava a compartilhar a plataforma PQ24 com Polo e Fox. Com isso, o motor deixava de ser posicionado longitudinalmente e adotava posição transversal, como seus concorrentes já usavam há anos. O clássico motor AP também dava adeus, substituído pelos propulsores da linha EA111, 1.0 (72/76 cv) e 1.6 (101/104 cv), com câmbio manual de 5 marchas e, mais tarde, o automatizado I-Motion (este só no 1.6).
Junto com a evolução técnica, veio a revolução do design. Sobraram poucos elementos do G4, além do interior voltar a ter desenho e acabamento melhores. A dianteira era semelhante à do primeiro Tiguan, enquanto a traseira tinha inspiração no Gol original dos anos 1980. Com motor transversal, o Gol ficou mais espaçoso para enfrentar concorrentes como Fiat Palio e Chevrolet Corsa. Também recebeu melhorias na qualidade de construção, com gaps mais justos de carroceria. As versões eram 1.0 e 1.6 e Power, sendo que a mais cara tinha até computador de bordo. Os preços iam de R$ 28.890 a R$ 36.420.
Em 2012 e 2016, o Gol G5 foi reestilizado, adotando a atual filosofia de design da VW com faróis e grade retilíneos. Mas a receita da plataforma ainda é a mesma de 2008, e isso não deve mudar até 2020, quando o Gol terá uma nova geração. Por enquanto, a única novidade programada para o ex-campeão de vendas é a chegada do câmbio automático, no segundo semestre deste ano.
Fotos: divulgação
Galeria: VW Gol G5
