Na onda de sedãs (e até mesmo SUVs) com estilo coupé, o Audi A5 Sportback pode dar aulas. A primeira geração, lançada em 2009, chamou a atenção com estilo, na época, pelo estilo diferente. No Salão de Paris, em setembro, a segunda geração foi mostrada e menos de um ano depois, chega ao Brasil. Andamos na versão topo, a Ambition Plus, com todos os pacotes de equipamentos disponíveis por aqui.
Sob o código B9, a segunda geração do A5 Sportback apresenta, segundo a Audi, 80% das tecnologias semi-autônomas que a marca trará no novo A8, que será lançado em 2018. Se um dia reclamamos que este tipo de inovação faz falta no A4, o A5 Sportback é quase um motorista particular para seu dono. Além disso, ele ficou até 85 kg mais leve que o anterior, deu adeus ao câmbio Multitronic (CVT) e traz a nova geração de motores 2.0 TFSI da marca.
A dieta do A5 Sportback é composta de construção com material nobres, de alta resistência, inclusive nos para-lamas, antes de alumínio, e até mesmo na estrutura dos bancos 10 kg mais leve. A versão de entrada, Attraction, pesa apenas 1.475 kg. A testada por nós adiciona alguns equipamentos, chegando aos 1.555 kg. Em dimensões, ele é 21 mm mais comprido, sendo que 14 mm extras estão no entre-eixos. Com isso, o A5 Sportback se beneficia de um interior mais espaçoso e confortável.
Como no A4, o A5 Sportback traz a nova geração dos motores EA888, a 3B. Isso significa que ele tem injeção direta e indireta de combustível, coletor integrado ao cabeçote e a versão de 190 cv usa variador nos comandos de válvulas com possibilidade de mudança na abertura das válvulas de admissão para modificar o ciclo de combustão para o Miller, mais eficiente. A versão de 252 cv só não tem esta possibilidade da mudança do ciclo pois tem foco em desempenho, não totalmente em eficiência energética. O câmbio é o S-Tronic, de dupla embreagem, 7 marchas e banhado a óleo.
Mas as grandes atrações do A5 Sportback são os assistentes de condução. A partir da versão Ambiente, há sensor de ponto-cego, assistente de faixa, condução automática em tráfego, piloto automático adaptativo, aviso de tráfego quando em marcha ré e o Pre Sense Rear, que prepara o carro e os ocupantes para um impacto na traseira. Pena que tudo é opcional e não foram informados os valores dos pacotes...
Se o Audi A5 Sportback é capaz de "se dirigir" no trânsito, São Paulo (SP) é o lugar ideal para um teste. De dentro da sede da Audi do Brasil, ao lado da Marginal Pinheiros, já era possível observar que trânsito não faltaria no nosso caminho até a rodovia dos Bandeirantes, e assim realmente foi. No momento em que os 252 cv do motor 2.0 turbo estavam praticamente dormindo, o assistente de tráfego faz realmente quase tudo sozinho. Para isso, ele usa os radares instalados no lugar dos faróis de neblina e detecta os outros carros parados para entrar no modo do assistente. Até os 65 km/h, ele freia e acelera sozinho, acompanhando os demais carros, dando vida fácil para o motorista - só não vale ficar no celular enquanto isso! Ele tem o assistente de faixa, mas não recomendo usar em SP ou vias com movimentação intensa. Por querer ficar entre as marcações, não é raro ouvir algum motoboy bravo com você, fora os momentos em que a pintura da sinalização não é boa suficiente para o Audi ler.
Na estrada, o A5 Sportback pode ter duas personalidades. A primeira, com o piloto automático adaptativo e o assistente de faixas, é quase um autônomo a te conduzir. Pede as mãos no volante em alguns momentos, lógico, mas faz bem o papel. Quem não está acostumado até se assusta, mas ele segue o caminho sozinho. Neste modo, ele vai até os 250 km/h. Duvido você confiar nele totalmente para isso.
A segunda é a parte esportiva. O A5 Sportback tem 4 modos de condução (Efficiency, Comfort, Dynamic e Normal), além de um configurável. Nesta versão, estamos falando do motor 2.0 turbo com 252 cv e 37,7 kgfm de torque e a tração integral quattro, quase um clássico da marca. Na Dynamic, ele assume uma identidade bem divertida. A suspensão desta geração substituiu a traseira com sistema trapeizoidal pela de cinco braços, como na dianteira, e deu mais estabilidade ao cupê de 4 portas. As rodas de 18", com pneus 245/40 R18, sofrem um pouco nos buracos - provavelmente, as versões com 17" são mais confortáveis.
Ele é um legítimo carro de Autobahn. Acelera rápido e atinge velocidades até acima do limite sem nem perceber. Uma aerodinâmica estudada ao máximo e isolamento acústico colaboram para tal, assim como o câmbio de dupla embreagem com trocas rápidas e relação bem longa. Em sétima marcha, estamos perto das 2.000 rpm a 120 km/h e...bem, indo um pouco mais rápido a rotação sobe também. A máxima segundo a Audi é de 250 km/h.
Se o estilo exterior manteve a essência da primeira geração (mas bem mais bonito), o interior concentrou as maiores mudanças. Como já dito, ficou mais espaçoso em todos os sentidos, sendo 11 mm nos ombros e 24 mm no espaço para joelhos dos passageiros traseiros. Além disso, o A5 agora integra muito do que já vimos em outros lançamentos recentes da Audi, como o comando do ar-condicionado de três zonas quase sensível ao toque, alavanca do câmbio sem ligação física com a caixa (apenas eletrônica), central multimídia (ainda sem tela sensível ao toque) com espelhamento de smartphone e a cereja do bolo, o painel de instrumentos na tela TFT de 12,3" configurável e o volante de três raios com pegada bem esportiva. Dá vontade de sentar ali e não sair, principalmente com o sistema de som da Bang&Olufsen.
Lógico que o novo A5 não é barato. Estamos falando de uma linha que custa, inicialmente, R$ 189.990. O Ambition Plus, com motor de 252 cv, câmbio S-Tronic e tração quattro pode ser seu por iniciais R$ 268.990, já equipado com itens como bancos dianteiros elétricos esportivos, painel de instrumentos com tela TFT, sistema GPS, rodas de 18", pacote exterior S-Line, faróis de LED, ar-condicionado de três zonas, teto-solar e câmera de ré, além de muito mais. Para ele, os opcionais são os faróis Matrix LED, head-up display, o som de alta definição da Bang&Olufsen, e os pacotes de assistentes:
A Audi não divulgou valores dos pacotes até o momento. Falaremos isso quando o carro vier para nosso teste completo, mas não estamos tratando de algo acessível. É o preço de poder "largar" o volante.
Por Leo Fortunatti
Fotos: Divulgação
MOTOR | dianteiro, longitudinal, quatro cilindros, 16 válvulas, 1.984 cm3, duplo comando variável, injeção direta e indireta, turbo, gasolina |
POTÊNCIA/TORQUE | 252 cv de 5.000 a 6.000 rpm; Torque: 37,7 kgfm de 1.600 a 4.500 rpm |
TRANSMISSÃO | câmbio automatizado de dupla embreagem (S-Tronic) de 7 marchas, tração integral |
SUSPENSÃO | independente com cinco braços na dianteira e traseira |
RODAS E PNEUS | alumínio aro 18" com pneus 245/40 R18 |
FREIOS | discos ventilados na dianteira e traseira |
PESO | 1.555 kg |
DIMENSÕES | comprimento 4.733 mm, largura 1.843 mm, altura 1.386 mm, entreeixos 2.824 mm |
CAPACIDADES | tanque 58 litros; porta-malas 480 litros |
PREÇO | R$ 268.990 (+ opcionais) |
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