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Volta Rápida: novo Focus turbina recheio e refinamento, menos o motor

Volta Rápida: novo Focus turbina recheio e refinamento, menos o motor

Volta Rápida: novo Focus turbina recheio e refinamento, menos o motor
Consumidores de hatches médios são dos mais exigentes. Detalhistas, costumam cobrar o máximo em termos de dirigibilidade, equipamentos e desempenho. Ciente disso, a Ford antecipou a renovação estética e tecnológica do Focus, que estreia no Brasil menos de dois anos após a estreia da terceira geração do modelo. Fabricado na Argentina, o modelo chega com visual renovado, maior refinamento técnico e mais equipamentos. Mas o motor Ecoboost que é bom...
Volta Rápida: novo Focus turbina recheio e refinamento, menos o motor

O que é?

Principal mudança do Focus é a incorporação do atual DNA de estilo da Ford. A dianteira agora é tomada pela grade hexagonal bem parecida com a do Fusion, sendo filetada com cromados na versão Titanium e em estilo colmeia na SE. Os faróis também mudam, agora são mais afilados, de traços semelhantes aos do New Fiesta. O capô ganha ressaltos que dão mais imponência, enquanto os para-choques trazem linhas mais limpas e com novo desenho na tomada de ar inferior e dos faróis de neblina - item que agora passa a ser item de série em todas as versões. Na traseira, as novidades são as lanternas levemente reduzidas, para-choques redesenhados e tampa do porta-malas com linhas mais suaves e nova acomodação da placa. Há também novas rodas de 17 polegadas para todas as versões.
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Por dentro, há materiais de qualidade superior e mais capricho na montagem do painel. Dentre as várias unidades disponíveis no evento de lançamento, todas exibiam encaixes sem folgas aparentes. O painel segue com material macio e os retrovisores são eletrocrômicos desde a nova versão de entrada SE. O volante ganha novo desenho com três raios e novos botões dos controles de som. O sistema Sync também foi atualizado, e agora faz chamadas para o SAMU em caso de emergência. Os bancos de tecidos da versão SE devem ser raridade nas lojas, pois a configuração seguinte, SE Plus, tem custo adicional de R$ 2.000 e adiciona bancos de couro e ar-condicionado digital de duas zonas, que inclusive, ganhou botões de aspecto mais sofisticado. Na versão Titanium, o sistema SYNC vem com a tela colorida de 8 polegadas e uma menor, de 4 polegadas, também colorida no painel de instrumentos (computador de bordo), airbags de cortina e chave com sensor de presença e partida por botão. Para quem anda sempre conectado, há também duas portas USB e tomada de 12V no console para manter os gadgets carregados. Quem deseja o completão terá de levar a versão Titanium Plus para ter o assistente de frenagem autônomo, faróis bi-xenon adaptativos, sistema de estacionamento automático de segunda geração e teto- solar, além do banco do motorista com ajustes elétricos.
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Como anda?

As mudanças de engenharia aplicadas no Focus foram concentradas na dirigibilidade. Se você já gostava do anterior, vai ficar ainda mais impressionado com a precisão da direção elétrica. Também foram aplicados novos ajustes na suspensão e adicionados novos materiais no isolamento acústico para deixar o habitáculo mais silencioso. Ao ocupar o posto de condução, chama a atenção a precisão e suavidade dos ajustes manuais do banco do motorista. O novo volante também oferece ótima pegada e a ergonomia geral dos botões dos vidros elétricos e retrovisores agrada. O visor do novo ar-condicionado digital transmite maior sofisticação. O conjunto mecânico permanece inalterado, ou seja, está debaixo do capô o mesmo motor 1.6 Sigma Flex que entrega até 131/135 cv de potência e torque de 16/16,5 kgfm a 3.000/5.250 rpm. Novidade em relação ao anterior é que o motor 1.6 passa a vir associado somente ao câmbio manual de cinco marchas. Inicio o teste com mais duas pessoas a bordo em trecho urbano e logo me atento para a nova calibração da direção elétrica. Está mais direta, mais afiada. Também notei a redução do nível de ruído interno. Segundo a Ford, as mudanças estéticas também beneficiaram o coeficiente aerodinâmico em 3%, sendo reduzido para um Cx de 0,287. O câmbio oferece engates precisos e curtos, o que agradará bastante quem gosta das trocas manuais. As repostas iniciais não arrancam suspiros, mas são beneficiadas por conta dos 80% do torque entregues a apenas 1.500 rpm. Vale lembrar também que o modelo não é tão amigo da balança, pesando 1.310 kg.
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Em trecho rodoviário o motor dá conta do recado, mas senti falta de uma sexta marcha. Rodando a 120 km/h, o motor trabalha em 3.300 rpm - valor que poderia ser menor numa hipotética sexta. A situação só não fica mais contundente porque o novo isolamento acústico reduz bem o ruído do propulsor. Em relação ao comportamento dinâmico, o que já era bom ficou melhor. Com a nova calibração, a direção obedece de forma mais rápida e precisa, e aliada à suspensão traseira multilink torna a condução mais divertida. As curvas são contornadas de forma tranquila, mesmo em velocidade acima do trivial. Se as coisas começarem a fugir de controle, entra em cena o controle de estabilidade, item que passa a ser de série em todas as versões do Focus, assim como os freios a disco nas quatro rodas.
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Trocando o modelo 1.6 SE Plus pelo 2.0 Titanium Plus, as mudanças começam pelo ajuste elétrico dos bancos, ignição por botão e câmbio automatizado Powershift de dupla embreagem. A tela entre o velocímetro e o conta-giros, de excelente resolução, exibe de forma direta as informações do computador de bordo. As características gerais de acabamento são as mesmas, com exceção dos detalhes em black piano nos comandos da central multimídia. O rodar na cidade mantém o mesmo nível baixo de ruído, assim como o conforto. Ao acelerar, a velocidade evolui rapidamente. Em Drive, as trocas do câmbio são suaves e em giro mais baixo para privilegiar o consumo. Rodando a 120 km/h em sexta marcha, o giro do motor fica em 2.700 rpm. Para uma condução mais "esportiva", basta colocar o câmbio na posição "S" para que as trocas de marcha ocorram aos 6.500 rpm. Isso também gera um ruído maior dentro da cabine. A grande novidade, os paddle-shifts, mostraram que as trocas pelas aletas não são tão ágeis como no concorrente VW DSG.
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Testamos também o novo sistema de frenagem automática, que através de sensores identifica partes reflexivas no veículo à frente (como placa e lanternas) e aciona os freios caso identifique colisão iminente, eliminando o impacto quando a diferença de velocidade for de até 20 km/h (se o carro da frente estiver a 90 km/h e o Focus a 110 km/h, por exemplo) e reduzindo significativamente a pancada até 50 km/h. A Ford preparou uma barreira deformável para teste. Ao acelerar até 20 km/h, o Focus conseguiu parar sozinho completamente.
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Em Fortaleza, a temperatura externa estava na casa dos 30º C e o ar-condicionado deu conta do recado para motorista e passageiro dianteiro, mas quem estava atrás reclamou da refrigeração mais contida (não há saídas de ar para o banco traseiro em nenhuma versão).

Quanto custa?

A Ford diz que, graças à nacionalização de diversos componentes, foi possível oferecer uma versão superior e mais recheada ao mesmo preço da extinta versão S.
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A nova versão de entrada passa a ser a 1.6 SE. Por R$ 69.900, vem de série com rodas de liga leve de 17”, sistema AdvanceTrac (controle de estabilidade, auxílio de partida em rampa e ESP preventivo), freio a disco nas quatro rodas com ABS e EBD, sistema de conectividade SYNC com tela colorida de 4,2”, AppLink e Assistência de Emergência, faróis de neblina, acendimento automático dos faróis, espelho retrovisor eletrocrômico, sensor de chuva, chave programável MyKey e ar-condicionado. Na sequência, a Ford oferece o Focus SE Plus 1.6 por R$ 71.900. A diferença de R$ 2.000 adiciona rodas de liga leve 17” com desenho semelhante ao do Titanium (mas com acabamento simples), airbags laterais, bancos de couro, sensor de estacionamento traseiro, controle de velocidade de cruzeiro, limitador de velocidade e ar-condicionado automático digital duas zonas.
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Para quem quer mais desempenho, a Ford inicia a oferta do motor 2.0 16V de injeção direta aspirado (sempre com o câmbio automatizado Powershift) pela SE Plus por R$ 78.900 - trazendo exatamente os mesmos itens da motorização 1.6.
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Já a versão de topo, a Titanium, começa em R$ 86.900 e vem com rodas com pintura preta e face diamantada, airbags de cortina, chave com sensor de presença e partida por botão, sistema de conectividade SYNC com tela colorida de 8 polegadas no console, tela LCD colorida de 4 polegadas no painel de instrumentos e sistema de som Sony Premium. Ainda mais completa, a versão Titanium Plus vem com assistente de frenagem autônomo, faróis bi-xenon adaptativos, sistema de estacionamento automático de segunda geração, espelhos com rebatimento elétrico, banco do motorista com ajuste elétrico e teto-solar.
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O Focus impressiona pelo acerto mais refinado que a engenharia da Ford conseguiu aplicar no modelo 2016. As modificações visuais também fizeram bem ao hatch, apesar de o deixar meio parecido com o irmão menor Fiesta. Não há do que reclamar do acabamento interno e dos equipamentos. Para ficar totalmente antenado, faltaram os sistemas Apple CarPlay e Android Auto na central multimídia e um piloto automático adaptativo (ACC) como opcional. No entanto, o que mais pesa é a falta de uma opção com motor turbo (como o novo 1.5 Ecoboost europeu), ainda mais considerando que o preço já começa na casa dos R$ 70 mil e fica perigosamente perto dos R$ 74.300 cobrados pelo VW Golf com seu motor 1.4 TSI e câmbio manual de seis marchas. Por Fábio Trindade, de Fortaleza (CE) Viagem a convite da Ford Ficha técnica – Ford Focus 1.6 SE Plus Motor: dianteiro, transversal, quatro cilindros, 16 válvulas, 1.596 cm3, comando duplo variável, flex; Potência: 131/135 cv a 6.500 rpm; Torque: 16,2/16,7 kgfm a 3.500 rpm; Transmissão: manual de cinco marchas, tração dianteira; Direção: elétrica; Suspensão: independente McPherson na dianteira e multilink na traseira; Freios: discos ventilados na dianteira e discos sólidos na traseira, com ABS, ESP; Rodas: aro 17″ com pneus 215/50 R17; Peso: 1.310 kg; Capacidades: porta-malas 316 litros, tanque 55 litros; Dimensões: comprimento 4.360 mm, largura 1.823 mm, altura 1.469 mm, entre-eixos 2.648 mm Ficha técnica – Ford Focus 2.0 Titanium Plus Powershift Motor: dianteiro, transversal, quatro cilindros, 16 válvulas, 1.999 cm3, comando duplo variável, injeção direta, flex; Potência: 175/178 cv a 6.500 rpm; Torque: 21,5/22,5 kgfm a 4.500 rpm; Transmissão: câmbio automatizado de seis marchas, dupla embreagem, tração dianteira; Direção: elétrica; Suspensão: independente McPherson na dianteira e multilink na traseira; Freios: discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira, com ABS; Rodas: aro 17″ com pneus 215/50 R17; Peso: 1.399 kg; Capacidades: porta-malas 316 litros, tanque 55 litros; Dimensões:comprimento 4.360 mm, largura 1.823 mm, altura 1.469 mm, entreeixos 2.648 mm

Galeria de fotos: Ford Focus 2016

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