DS quer ser Louis Vuitton das montadoras e diz que 'chega de SUVs'

Após 10 anos de atuação independente no mercado, a DS Automobiles se prepara para inaugurar nova linguagem de design e implementar ambiciosa estratégia de expansão. Representante da Stellantis nos segmentos de luxo e requinte na Europa, a fabricante quer resgatar o prestígio do passado e apostar em inovação para provar viabilidade comercial e gerar lucro, conforme exigido pelo grupo para suas marcas pelos próximos 10 anos.

O objetivo agora é estabelecer maior nível de conexão com as raízes da marca, desde a época em que era parte da Citroën, e fugir do trivial em termos estéticos. Em entrevista ao Top Gear, o diretor de design da DS, Thierry Metroz, disse que o CEO Olivier François está "nos pressionando para criar um elo maior com nossa história, em termos de apelo e design".

Nesse sentido, a marca buscará elementos do passado para gerar diferenciação e planeja usar isso como chamariz diante da forte concorrência vinda da China. "A história é o que nos separa da nova onda de carros chineses, pois eles não têm nenhuma conexão emocional com o passado como nós", completou Metroz. O executivo disse ainda que trabalha atualmente em um novo DS (modelo mais icônico da marca) e que o modelo seguirá a mesma filosofia do conceito SM Tribute.

DS 7 Crossback E-Tense 4x4 é um dos atuais SUVs da marca

“O que eu gostaria é de ter uma ligação com o DS original que fosse viável em uma silhueta diferente e em um tamanho diferente de carro, de modo que funcione em uma linha completa", afirmou. “Seria uma silhueta super baixa, elegante e longa para aplicação em uma estratégia de design para toda gama completa”. Metroz disse ainda que planeja focar em carros de passeio e foi enfático ao afirmar que "chega de SUVs".

Segundo o designer, "não há escassez deles no grupo" e "um SUV não é a melhor expressão do luxo francês". Por fim, disse que seu desejo é ser a "Louis Vuitton da indústria automotiva".

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