Qual é o limite das telas dentro dos carros? Já temos uma para a central multimídia, outra para o painel de instrumentos e, dependendo da marca, uma terceira para algumas funções como ar-condicionado. Além disso, estão cada vez maiores. Thierry Métroz, chefe de design da DS, uma das marcas do grupo Stellatins, acredita que ter tantos displays não é bom e parece "um pouco estúpido."

"Ter telas é uma tendência forte neste momento, mas eu acho que é um pouco estúpido, porque não ter mais um painel, apenas um display grande, não é a filosofia dentro da DS", disse Métroz à Autocar.

Galeria: DS 7 (2022)

O designer ainda vai além em suas críticas, sugerindo até acabar completamente com o uso dessas telas no interior dos próximos DS. "Nossa meta é tirar todos os displays de nossos interiores no futuro", ele explica. "O problema com uma tela é que, quando desligamos o sistema, você fica com uma superfície retangular preta cheia de marcas de dedos. Não é muito sexy, nem muito luxuoso."

Só que é o tipo de coisa que é mais fácil criticar do que resolver. Métroz admite que é um grande desafio, pois precisa de uma maneira de entregar informações para o motorista. Assim, a DS está buscando uma nova tecnologia que é menos intrusiva e que adicione "mais serenidade."

A marca de luxo que já foi parte da Citroën recentemente mostrou o DS 7 reestilizado, abandonando o sobrenome Crossback. Apesar das reclamações de Métroz, o carro renovado ainda vem com uma tela grande no interior, mostrando que estas mudanças propostas pelo designer levarão um tempo para ter efeito - e isso se for aprovada pelo resto da fabricante.

Enquanto isso, algumas rivais seguem no sentido contrário. Um exemplo é a Mercedes-Benz com o novo EQS, que vem com uma versão do MBUX que coloca um display em todo o painel dianteiro. A BMW é outra a usar a mesma estratégia, como vimos no Série 7, com uma enorme tela de 31 polegadas para os passageiros traseiros.

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