Anunciado na semana passada, o acordo de cooperação tecnológica firmado entre os grupos Jaguar Land Rover e Chery não deve demorar para começar a gerar resultados. Conforme ficou estabelecido, a fabricante chinesa passará a fornecer plataformas e tecnologias para a dupla inglesa e uma série de novos modelos serão lançados a partir dessa aliança. O primeiro deles será o Freelander, que deverá voltar ao mercado em nova geração após 10 anos.
De acordo com reportagem da agência Automotive News, o Freelander será revivido como elétrico e está sendo pensado prioritariamente para a China (pelo menos em um primeiro momento). A produção será local, na fábrica de Changshu, e ficará sob responsabilidade da CJLR (joint-venture recém-criada pelos grupos). As instalações de produção e componentes serão fornecidos pela Chery, especialmente a plataforma.
Land Rover Freelander
O acordo firmado prevê o compartilhamento de duas bases. A primeira, batizada de M3X/T2X, suporta tanto powertrains tradicionais quanto conjuntos híbridos do tipo plug-in. Nos carros do grupo Chery, a base acomoda o sistema “Super Hybrid” que combina motor a gasolina com dois elétricos, gerando 1.000 km de autonomia e eficiência térmica de 44,5%.
Já a segunda, nomeada E0X, foi desenvolvida pela Chery em conjunto com a Huawei. Atualmente, está sendo usada por quatro diferentes veículos: Exlantix ES, Exlantix ET, Luxeed S7 e Luxeed R7. Foi projetada especialmente para carros elétricos dedicados e, entre outros benefícios, conta com sistema de alta tensão de 800 volts, consumo de energia de 12 kWh/100 km, condução autônoma e suspensão pneumática.
Freelander saiu de linha em 2014 substituído pelo Discovery Sport
O acordo ganhou força em razão da proximidade histórica existente entre Chery e Jaguar-Land Rover, principalmente na própria China. Por lá, os dois grupos são parceiros desde 2012 e mantém joint-venture para produção conjunta de veículos. Para a Land Rover, a aliança gerará oportunidade ímpar de ganhar participação no maior mercado automotivo do mundo e enfrentar com maior nível de competitividade rivais como BYD e GWM. Posteriormente, os modelos oriundos da parceria poderão chegar também a mercados internacionais.
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Fonte: Automotive News