Governo dará R$ 300 bi para renovar indústria, incluindo a automotiva
Entre as metas do programa Nova Indústria Brasil estão nacionalização de componentes, menos emissões de poluentes e biocombustíveis
Na segunda-feira, 22, o governo brasileiro apresentou a "Nova Indústria Brasil" (NIB), um plano destinado a modernizar a indústria nacional com um aporte de R$ 300 bilhões até 2026 concedidos por meio de financiamentos com juros reduzidos para os segmentos determinados no projeto.
Buscando reverter décadas de desindustrialização, o NIB foca em seis missões prioritárias, incluindo a cadeia agroindustrial, saúde, bem-estar nas cidades, transformação digital, descarbonização e defesa. Dentro do plano, destaca-se a influência direta na indústria automotiva, mesmo com o setor já contemplado pelo Mover, apresentado no final em 2023.
O governo almeja reduzir em 30% as emissões de CO2 por valor adicionado do PIB da indústria, com a ampliação em 50% da participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes. Há também metas específicas para a eletromobilidade, buscando um aumento de 25% na participação da indústria brasileira no fornecimento de ônibus elétricos, atualmente em 59%.
O governo planeja concessão de linhas subsidiadas para o desenvolvimento de sistemas de propulsão alimentados por biocombustíveis ou tecnologias híbridas e elétricas. O objetivo é não apenas modernizar a indústria, mas também torná-la mais sustentável e alinhada com as demandas globais por energias limpas.
Além disso, o decreto assinado estabelece margem de preferência para produtos produzidos no Brasil, incluindo setores relacionados à transição energética, economia de baixo carbono e mobilidade urbana. Essa preferência por produtos nacionais visa fortalecer a indústria local, gerando empregos e estimulando o desenvolvimento.
O 6 pontos principais do Nova Indústria Brasil
- Cadeias agroindustriais: O plano visa mecanizar 70% dos estabelecimentos de agricultura familiar, aumentar a produção local de máquinas, e priorizar equipamentos de precisão.
- Saúde: Busca ampliar a participação da produção nacional de saúde de 42% para 70%, abrangendo medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos.
- Cidades: engloba infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade. Além de reduzir o tempo de deslocamento em 20%, pretende aumentar em 25 pontos percentuais a participação da produção brasileira na cadeia do transporte público sustentável, incluindo ônibus elétricos.
- Transformação digital da indústria: Busca digitalizar 90% das empresas industriais brasileiras e triplicar a participação da produção nacional em novas tecnologias, incluindo a produção nacional de semi condutores.
- Redução de carbono: Metas incluem ampliar em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes, reduzir em 30% a emissão de carbono da indústria nacional e alcançar autonomia na produção de 50% das tecnologias críticas.
- Defesa: Prioriza a autonomia na produção de tecnologias críticas, como energia nuclear, sistemas de comunicação, sensoriamento, sistemas de propulsão e veículos autônomos e remotamente controlados.
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