Em setembro, a Ford confirmou que lançaria a Ranger Raptor no Brasil ainda em 2023, dizendo que é um dos 10 lançamentos prometidos para este ano. Estamos em novembro e a marca resolveu reiteirar que a picape esportiva chegará ao país até dezembro, embora ainda não tenha revela quando iniciará a pré-venda da caminhonete ou quando fará as entregas – o mais provável é que os clientes só devem receber as primeiras unidades no ano que vem.
Por enquanto, a fabricante não dá qualquer detalhe sobre a Ford Ranger Raptor, comentando um pouco sobre as características da picape, como a adoção de amortecedores FOX. Porém, Motor1.com apurou em setembro passado, durante o Salão de Detroit (EUA), que o plano é lançar a caminhonete por aqui com o motor 3.0 V6 biturbo a gasolina. Os números de potência e torque ainda são desconhecidos. A versão global da picape entrega 397 cv e 59,4 kgfm, porém a variante norte-americana tem 411 cv. Nos dois casos, utiliza uma transmissão automática de 10 marchas com conversor de torque e tração 4x4.
“A Ranger Raptor é feita para quem quer o que há de mais avançado em performance todo-terreno. É um verdadeiro monstro das trilhas. Não há nenhuma picape da categoria que chegue perto dos atributos de desempenho que ela oferece para enfrentar os terrenos mais radicais do planeta. Assim como os demais modelos da Nova Ranger, ela chega para redefinir o padrão na categoria”, afirma Daniel Justo, presidente da Ford América do Sul.
Será posicionada como o topo da linha, acima da Ranger Limited 3.0 V6 importada da Argentina, que hoje é vendida por R$ 339.990 no Brasil. Considerando a diferença de preço nos EUA entre a Ranger Lariat por US$ 47.010 (R$ 229.684) e a Raptor por US$ 55.365 (R$ 270.506), e o fato de que a versão esportiva virá da Tailândia, o único país que produz a picape, não deve custar menos de R$ 400 mil.
A lista de equipamentos deve vir bem completa, com tudo o que já está na versão Limited, como central multimídia de 12 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, painel de instrumentos digitial de 12 polegadas, ar-condicionado digital de duas zonas, sensor de ponto cego, câmera 360°, controle de cruzeiro adaptativo, e mais.
Não é só uma versão com motor mais potente. A Ford fez diversos ajustes em toda a picape. A suspensão foi redesenhada, adotando braços de alumínio e amortecedores FOX com teflon, para reduzir a fricção em cerca de 50%. O curso da suspensão é maior do que a Ranger normal, para lidar com melhor com o movimento em alta velocidade, enquanto o amortecedor é 25% mais forte. Ainda reforçaram a região da coluna C e da caçamba.
O seletor de modos de condução ainda tem as opções Normal, Escorregadio, Lama e Pedra como na Ranger normal. Só que a Ford adicionou um sistema para escolher o som do motor, entre Normal, Sport, Baja e Quiet. O Sport aumenta um pouco o rocono do motor, enquanto o Baja coloca o volume no máximo. Já o Quiet é ideal para não acordar os vizinhos na madrugada. Tudo isso é feito por um controle eletrônico no escapamento.