Responsável por avaliar a segurança dos veículos vendidos na América Latina e no Caribe, o Latin NCAP promoveu recentemente testes da modalidade colisão carro a carro com modelos da Peugeot. Nesse tipo de bateria, dois veículos são submetidos a impacto frontal entre si (e não contra barreiras, como nas provas mais conhecidas) com o objetivo de realizar a comparação direta entre os resultados. 

A entidade escolheu realizar os testes com o Peugeot Partner Patagônica, comprado anonimamente na Argentina, e o Peugeot Rifter, comprado anonimamente no Chile. O primeiro é um projeto antigo, datado da década de 1990 e até hoje produzido no país vizinho, enquanto o segundo é bem mais moderno importado da Europa.

Latin NCAP - Peugeot Partner vs Peugeot Rifter

A ideia foi colocar à mostra as grandes diferenças estruturais e tecnológicas entre os dois modelos, já que no mercado europeu o Rifter é posicionado como sucessor das versões de passageiros do Partner. São pelo menos duas gerações de diferença entre o Rifter e o velho Partner vendido e produzido na Argentina.

De série, o Partner Patagônica oferece apenas dois airbags frontais e controle eletrônico de estabilidade (ESC). Já o Rifter, além dos ESC, conta com 6 airbags como equipamento padrão. Segundo o Latin NCAP, proteção oferecida pelo Rifter ao dummy de motorista adulto médio foi boa na cabeça e no pescoço e adequada no tórax, mostrando uma estrutura estável.

Já o motorista do Partner Patagônica apresentou proteção ruim no tórax e no pescoço e marginal na cabeça, além de estrutura instável. O dummy do motorista do Partner Patagônica, que apresentava lesões com risco de vida, impediu que a estrutura se deformasse ainda mais. A proteção do dummy feminino pequeno que o acompanhava no mostrou uma proteção marginal do tórax e uma proteção preocupantemente fraca do pescoço - no Rifter foi marginal.

Os Sistemas de Retenção Infantil (SRI) no Partner Patagônica foram instalados usando os cintos de segurança, apresentando proteção fraca para o dummy de três anos e proteção fraca e marginal do pescoço e do peito, respectivamente, para o dummy de um ano e meio. O Rifter apresentou proteção total para o dummy de um ano e meio e boa proteção para o dummy de três anos com o SRI instalado usando ancoragens ISOFIX e virado para trás.

Ao final, o Partner Patagônica obteve zero estrela e o Rifter ficou com classificação de 4 estrelas. O Latin NCAP denunciou o "duplo padrão de segurança" praticado pelo grupo Stellantis na região e recomendou que o velho Partner deixe de ser vendido por conta do “risco de vida” para os ocupantes.

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