Europa diz que vai investigar carros chineses por serem 'baratos demais'
Autoridades afirmam que preços baixos são graças a subsídios estatais que "distorcem o mercado”
Não é só no Brasil que a chegada de veículos chineses elétricos com preços competitivos tem causado reviravolta no mercado. Na Europa, a invasão de elétricos mais baratos também é uma realidade e já começa a causar incômodo às fabricantes tradicionais da região. Não por acaso, a União Europeia cedeu às pressões e confirmou que abrirá investigação para averiguar a disparidade de preços.
De acordo com a presidente do bloco europeu, Ursula von der Leyen, a investigação tratará de examinar detalhadamente a "concessão de subsídios para veículos elétricos provenientes da China". A fala foi proferida recentemente no Parlamento Europeu como forma de tranquilizar as empresas europeias preocupadas com a disparidade de tratamento econômico entre os carros elétricos locais e os chineses.
BYD Atto 3 - Europa
“Muitas vezes nossas empresas são excluídas dos mercados estrangeiros ou são vítimas de práticas predatórias. São enfraquecidas por concorrentes que se beneficiam de grandes subsídios estatais", continuou. "Os mercados globais estão agora inundados com carros elétricos chineses baratos. E o seu preço é mantido artificialmente baixo por enormes subsídios estatais. Isso está distorcendo nosso mercado. E como não aceitamos isso de dentro, não aceitamos de fora", completou.
O objetivo da investigação poderá ser avaliar a aplicação de direitos compensatórios sobre as importações, a serem somados aos já aplicados (de 10%). Von der Leyen não quer que aconteça com o setor de veículos elétricos o mesmo que já aconteceu com o segmento de energia solar. “A UE não esqueceu como as práticas comerciais desleais da China afetaram a nossa indústria solar, quando muitas empresas jovens foram expulsas por concorrentes chineses fortemente subsidiados".
BYD Dolphin para Europa
Carlos Tavares, CEO da Stellantis, foi um dos primeiros a denunciar a “assimetria”. “Sou a favor de competir e de avançar - declarou no Salão Automóvel de Paris de 2022 -, mas ao mesmo tempo peço aos líderes políticos europeus que criem condições semelhantes às que encontramos quando vamos à China".
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