Lançada em 2020, a atual geração do Peugeot 208 chegou equipada apenas com o veterano motor 1.6 16V da antiga PSA, o EC5. Nada contra o propulsor, mas ele não era o suficiente para extrair tudo que a moderna arquitetura do hatch oferecia. Desde a criação da Stellantis, o modelo já recebeu um novo motor 1.0 aspirado que baixou seus preços e ajudou a aumentar as vendas.
Mas ainda faltava alguma coisa para o Peugeot 208. A linha 2024 chegou apenas com as versões mais básicas 1.0 e intermediárias com o 1.6 aspirado. Era questão de tempo até as configurações topo de linha mudarem também. Essa mudança começa agora, com a Peugeot dando início às vendas do 208 2024 com o motor 1.0 turbo da Stellantis e, pela primeira vez num Peugeot vendido por aqui, câmbio CVT.
Serão três configurações do Peugeot 208 2024 com a nova motorização 1.0 turbo. A de entrada é a Allure, com preços partindo promocionalmente de R$ 99.990. A série especial Style, que estreou primeiramente com o motor 1.0 aspirado, também faz aparição na era turbo e parte de R$ 109.990. Também retorna a versão topo de linha, a Griffe, com motor turbinado e custando R$ 114.990. Para reforção a questão do custo benefício, a Peugeot informou que as três primeiras revisões do 208 turbo custarão somadas R$ 530.
Sem muito segredo, a Peugeot passa a adotar o motor 1.0 turbo de três cilindros da Stellantis. Ele já é encontrado em carros da Fiat como Pulse, Fastback e, mais recentemente, Strada. Ele já tem a tecnologia MultiAir na admissão, variando tanto o tempo quanto o tanto que as válvulas abrem. No escape, o comando é variável convencional.
Já dotado de injeção direta de combustível, ele permanece entregando até 130 cv de potência a 5.750 rpm com etanol e 125 cv na mesma rotação com gasolina. O torque, de 20,4 kgfm com pico a partir de 1.750 rpm, é igual para ambos os combustíveis. Da mesma forma que nos demais Fiat com este conjunto, o 208 turbo será sempre equipado com uma transmissão automática CVT com simulação de 7 velocidades. O Peugeot, porém, não tem borboletas para o acionamento do câmbio em modo manual atrás do volante.
Peugeot 208 Griffe 1.0 turbo 2024
A marca afirmou que as adaptações para o cofre do hatch foram mínimas e mais concentradas nos periféricos, como alternador e compressor de ar-condicionado. Também foram realizadas pequenas revisões nas programações do motor e do câmbio para o carro. No entanto, para acomodar a performance extra, a Peugeot fez algumas alterações mais físicas. A calibração da suspensão foi revisada, assim como a resposta da direção elétrica.
A Peugeot ainda declara que o novo 208 turbo, quando abastecido com etanol, consegue acelerar de 0 a 100 km/h em 9 segundos, tendo velocidade máxima divulgada de 205 km/h. Para as versões Allure e Griffe e usando o combustível vegetal, o consumo declarado em ciclo urbano é de 8,8 km/l, ou 10 km/l no uso rodoviário. Para gasolina, respectivamente, são 12,5 km/l 14,1. Para o 208 turbo Style com rodas de 17", são 8,3 km/l (etanol, cidade), 9,8 km/l (etanol, estrada), 12 km/l (gasolina, cidade) e 13,6 km/l (gasolina, estrada).
Opcional: Pacote Excellence - R$ 5.000
Acrescenta teto panorâmico, bancos de couro, volante de couro, apoio de braço para o motorista, chave presencial, carregador de celular sem fios e iluminação interna para o banco traseiro.
Peugeot 208 Style 1.0 turbo 2024
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Peugeot 208 Style 1.0 turbo 2024
Tendo andado em um Peugeot 208 1.6 Roadtrip recentemente para avaliação, o desempenho do motor aspirado estava fresco na memória para compará-lo com o novo 208 turbinado. O tempo com o carro foi limitado a apenas algumas voltas do circuito da Fazenda Capuava, no interior paulista, mas já deu para ter uma ideia do que esperar do carro na rua.
Mesmo com a nova calibração de direção e suspensão, além das rodas de 17" com os baixíssimos pneus de perfil 45, o desempenho em curvas do Peugeot 208 permaneceu excelente. Dirigibilidade nunca foi um problema para o hatch. Potência sim, era algo que faltava.
A pista não é o melhor lugar para o julgar como o carro vai se comportar no dia a dia, mas a diferença em desempenho puro é bastante nítida. Retomadas e saídas de curva eram tarefas cumpridas com pouco esforço e um mínimo de acelerador. Coisa que no 1.6 com certeza seria mais trabalhoso e exigiria o pé no fundo do acelerador para continuar andando menos que o turbo.
O câmbio CVT, mesmo em modo Sport, não vai priorizar desempenho. Arrancando a partir da imobilidade, há um momento de hesitação antes do motor encher e o carro começar a acelerar mais forte. Mas aqui fica um aviso: não espere um Pulse Abarth. O 208 com o motor turbo simplesmente entrega o desempenho que o seus design e arquitetura modernos prometem, nem mais, nem menos.
Finalmente o Peugeot 208 tem um motor que condiz com suas capacidades. Com preços relativamente competitivos e desempenho a par - se não superior - de seus rivais, agora resta saber se o público vai parar de reclamar de falta fôlego. As vendas já aumentaram com os modelos 1.0 aspirados de entrada. Agora a Peugeot que a outra ponta do espectro de compradores.
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