Muito se esperava que a VW Saveiro 2024 estreasse o câmbio automático nesta reestilização. Na teoria, colocar aquele conjunto que estava no finado Gol automático seria uma saída relativamente simples, porém vai bem além disso pela proposta de ainda ser um carro para carga e reboque, mesmo com o câmbio automático.

Em conversa com André Drigo, Gerente-Executivo de desenvolvimento da marca, a Saveiro automática pediria um câmbio específico, não o que era utilizado pelo Gol em conjunto com este motor 1.6 16v. Além de uma relação específica para a função de carga, a própria caixa seria maior e que exigira uma mudança na estamparia e estrutura da Saveiro. Isso faz sentido, já que o Gol AT tinha PBT de 1.500 kg, contra os até 1.740 kg da Saveiro.

Em português claro, um investimento que não valeria a pena. Hoje, boa parte das vendas da Saveiro está nas versões Robust, mais barata e com foco em trabalho. Logo, pagar este investimento no câmbio automático seria bem difícil sem cobrar bem mais caro pela Saveiro automática, que envolveria mudanças em estamparia, por exemplo - algo bem caro no processo de nascimento de um automóvel.

Executivos da marca não falam abertamente, mas há indicativos de que existe um projeto de uma nova Saveiro para, pelo menos, 2026. Esta reestilização dará a ela uma vida e tempo para o desenvolvimento da novidade, que deverá crescer sentido o que se tornou a Chevrolet Montana, usando a plataforma MQB-A0, e aí sim com motores turbo, câmbio automático e mais tecnologias. Mais uma vez, os custos guiam as decisões.

Sobre a Fiat Strada CVT, a picape compacta já nasceu nesta geração preparada para receber o câmbio CVT, além deste tipo de transmissão poder receber mudanças de relação pela programação eletrônica, algo mais simples do que se produzir uma relação física específica.


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