Houve vários hipercarros depois do P1, mas a McLaren ainda não lançou um verdadeiro sucessor para seu icônico superesportivo. A marca parece não ter pressa, pois não deve lançar outro modelo topo de linha antes de 2030. Quando finalmente chegar, o novo supercarro da empresa não terá um motor de combustão, pois será um elétrico puro, assim como o substituto do Porsche 918 Spyder.
O CEO da McLaren Automotive, Michael Leiters, conversou com a revista britânica Autocar sobre o rival do Mission X, conceito da Porsche que será o substituto do 918, e como o novo carro britânico não terá uma potência absurda. Ele argumenta que o substituto puramente elétrico do P1 não precisará de muita potência porque os engenheiros estão trabalhando para limitar o peso imposto pelas baterias: "Não queremos fazer um carro com 2.000 kg e 2.000 cv". Ele foi além e afirmou que "qualquer um pode fazer isso", mas a marca britânica não o fará, pois não faz parte do "DNA da McLaren".
O objetivo é fabricar um hipercarro com emissão zero com aproximadamente o mesmo peso de um 750S atual, que tem 1.277 kg a seco. Independentemente do que a McLaren venha a criar, Leiters disse que o carro terá que superar um modelo equivalente com motor a combustão em termos de potência, desempenho e dirigibilidade. Isso vai demorar um pouco, já que o executivo projeta que o hipercarro elétrico da McLaren será lançado "talvez no final da década".
Analisando os números de potência e peso de outros carros que competem no pequeno reino dos hipercarros elétricos, o recordista Rimac Nevera tem 1.914 cv e pesa 2.150 kg. O Pininfarina Battista, que compartilha o conjunto com o Rimac, tem 1.900 cv e pesa 2.063 kg, enquanto o Lotus Evija tem 2.011 cv e é consideravelmente mais leve, com 1.680 kg. A Porsche não divulgou todos os detalhes sobre o Mission X, mas disse que o conceito tinha uma relação peso-potência de 1 cv para 1 kg.
A McLaren não tem pressa em introduzir um substituto totalmente elétrico para o P1, já que estudos internos revelaram que os clientes da marca ainda não estão pedindo um veículo elétrico. Leiters argumentou que a popularidade do 750S mostra que o motor a combustão ainda é muito procurado no setor de supercarros, mas admite que algumas pessoas querem explorar carros de desempenho puramente elétricos. Durante a transição dos carros a combustão para os elétricos, a marca ainda deve oferecer modelos híbridos plug-in baseados em um novo motor V8, posicionado acima do Artura com sua configuração V6 PHEV.
Fonte: Autocar
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