A McLaren tinha um grande plano para o substituto do 720S, indo além de somente criar um sucessor. A fabricante inglesa finalmente revela o carro, batizado como McLaren 750S, que tem um título bem importante: é o carro de produção em série mais potente que a empresa já fez, com 750 cv produzidos pelo motor 4.0 V8. Combinando isso com o 1.276 kg, faz com que também seja um dos mais rápidos.
Ao longo de sua história, a McLaren até fez carros mais potentes, porém todos os outros tiveram uma produção limitada, enquanto o 750S é um modelo normal, que será fabricado durante anos sem um limite definido. E, se seguir o que vimos no 720S, será a base para diversas edições especiais que superarão os 750 cv de potência com facilidade.
Disponível nas versões cupê e conversível (chamada 750S Spider), no coração do esportivo está o motor 4.0 V8 biturbo, um velho conhecido que a McLaren vem usado há tempos. Além dos 750 cv do nome, gera 81,6 kgfm de torque, o que é mais do que o híbrido P1, que durante anos foi o ápice da fabricante britânica. Utiliza uma transmissão sequencial de 7 marchas e dupla embreagem atualizada, com uma relação de marchas final mais curta.
O resultado é impressionante. A McLaren diz que o carro chega a 100 km/h em apenas 2,8 segundos tanto na versão cupê quanto na Spider. O conversível só perde velocidade no 0 a 200 km/h, precisando de 7,3 segundos, 0,1 s a mais do que o Coupé. Vai chegar a 300 km/h em 19,8 s (20,4 s na variante com teto removível) e tem velocidade máxima de 331 km/h.
Para ajudar a controlar esta máquina, a empresa trouxe uma série de novidades. A suspensão recebeu uma nova geometria e a nova geração do chamado Proactive Chassis Control III, usando molas dianteiras 3% mais macias e 4% mais firmes na traseira, fazendo ajustes de acordo com o estado do circuito. Até o sistema para elevar o veículo foi melhorado, agora subindo a frente do esportivo em 4 segundos (eram 10 segundos no 720S), o que ajuda a evitar raspar em algumas situações.
O que não mudou tanto foi o seu design, que a McLaren diz ser um refinamento da filosofia “forma seguindo função”, fazendo que tenha uma cara reconhecível. Alguns elementos foram alterados, como o para-choque dianteiro, que adotou novas entradas de ar e otimizou a passagem do vento. O novo difusor dianteiro melhora o balanço aerodinâmico e ajuda a direcionar o ar até a asa traseira, com sistema ativo e 20% maior que a do 720S.
A traseira inclui um escapamento central inspirado no P1, com uma saída única. Isto fez com que o designers alterassem a posição da asa, colocando-a 5 centímetros mais acima. Outras alterações incluem as entradas de ar maiores posicionadas na logo à frente das rodas traseiras e o para-choque traseiro redesenhado.
Do lado de dentro, a McLaren optou por praticamente não mexer no estilo, bem minimalista. Ainda tem uma central multimídia na vertical que parece até um tablet integrado ao painel, com Apple CarPlay de série. Perdeu a maioria dos botões, fazendo com que a maior parte dos comandos sejam parte da multimídia. Segue com um painel de instrumentos digital e um volante sem firulas. O acabamento é de Alcantara de série, com a opção de adotar couro Nappa ou uma combinação dos dois materiais.
Apesar de manter os equipamentos, o 750S conseguiu ficar mais leve do que o seu antecessor ao adotar algumas peças mais leves. A McLaren diz que os bancos com casco de fibra de carbono são 17 kg mais leves, enquanto as rodas de liga leve forjadas ajudam a reduzir mais 13,8 kg. No total, o 750S Coupé é 30 kg mais leve, pesando 1.276 kg.
O McLaren 750S 2024 já está disponível para encomenda na Europa e nos Estados Unidos, custando US$ 324.000 (R$ 1.633.996) na versão Coupé e US$ 345.000 (R$ 1.739.904) na variante conversível Spider. No Brasil, a marca é representada pela UK Motors, que ainda não se posicionou sobre quando será lançado no país.