Nesta semana, a Volkswagen anunciou a suspensão temporária da produção em 3 de suas fábricas no Brasil, responsáveis pela fabricação de seus veículos de passeio e comerciais leves. Agora, será a vez de a Chevrolet também reduzir parcialmente o ritmo alegando o mesmo motivo da rival: adequação à baixa demanda por veículos novos.
De acordo com o Auto Indústria, os funcionários da fábrica da Chevrolet em São José dos Campos (SP) firmaram um acordo de suspensão temporária dos contratos de trabalho, ação conhecida como "layoff". Ele deve atingir um dos turnos da linha de montagem, responsável pela produção de S10 e Trailblazer, impactando cerca de 1.200 dos 4.000 empregados da unidade produtiva.
A publicação que o acordo firmado entre os o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e a General Motors do Brasil prevê a suspensão de um dos turnos da linha de montagem da picape e do SUV a partir de 3 de julho. A medida então pode durar até 10 meses a partir desta data. Há a possibilidade então de o segundo turno da fábrica retornar apenas em 2024.
Dados do Ministério da Fazenda apontaram que, dos R$ 500 milhões de recursos destinados para veículos de passeio, mais de R$ 420 milhões já teriam sido utilizados, ou 84% do total ofertado. E todo o valor foi consumido por pessoas físicas, já que o governo federal prorrogou o prazo de exclusividade do usufruto dos descontos para pessoas físicas, passando de 15 dias originalmente para um mês.
Com empresas como locadoras deixadas de lado até agora, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que a pasta irá alocar mais recursos e liberar seu uso por pessoas jurídicas. Grandes compradoras de automóveis, empresas como locadoras poderiam ajudar a esvaziar os pátios das montadoras, que estão cheios.
A extensão do programa de incentivos para a compra de carros com desconto custará R$ 300 milhões ao governo. A afirmação foi dada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na noite desta quarta-feira (28). Segundo ele, os recursos virão da antecipação em R$ 0,03 da reoneração do diesel que começará em outubro. Dos R$ 300 milhões extras, R$ 100 milhões estavam previstos na medida provisória original, que concedia uma folga de recursos, mas os outros R$ 200 milhões exigirão uma nova medida provisória que mude a reoneração do diesel.
Fonte: Auto Indústria
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