Ford: “O Brasil precisa definir uma política de eletromobilidade”
Vice-presidente da fabricante defende que o governo crie um caminho para gerar investimentos e criar tecnologias locais
Enquanto diversos mercados já definem datas para encerrar a venda de carros com motores a combustão, como será o caso da Europa após 2035, o Brasil está muito para trás neste quesito. Uma comissão do senado começou a discussão sobre uma política de eletromobilidade no país, ainda sem uma data para ser definida. Para a Ford, esta discussão tem urgência para garantir investimentos para a indústria nacional.
Rogelio Golfarb, vice-presidente da Ford para a América do Sul, fez uma palestra durante o Electric Days Brasil 2023, falando sobre as chances que o país está perdendo ao não definir a um caminho para a eletromobilidade. Golfarb deixa claro que isto não é uma discussão sobre usar etanol ou apostar somente nos carros elétricos. “O Brasil precisa aproveitar tudo o que tem, seja o etanol, seja os minérios para produzir baterias”, explica.
O executivo comentou sobre como a pandemia mudou um ponto importante da indústria, que agora prefere ter matérias-primas próximas dos centros de produção, para diminuir a dependência de um mercado estrangeiro (como a China). Com os minérios para baterias disponíveis no Brasil, o país poderia ter uma posição de destaque como fornecedor desta tecnologia.
Por outro lado, Golfarb lembra que a política de eletromobilidade não envolve apenas a produção, como também geração de energia limpa e um desenvolvimento de software forte no país, por ser algo vital não só para os carros, que estão cada vez mais conectados, como também para a infraestrutura. O executivo defende que a eletromobilidade funciona como indutora de inovação, o que será importante para a reindustrialização e ainda como uma grande ação de marketing para o Brasil, aproveitando todas as características ecológicas que sempre são destacadas mundialmente.
Ford Maverick Hybrid Lariat 2023
“O mundo está fazendo a transição para a eletromobilidade e o mais dramático nisto é que estamos atrasados. É urgente uma visão estratégica para o Brasil na questão da eletromobilidade. Porque as coisas estão acontecendo muito rápido, com um alto volume de dinheiro, não para 2035 e sim para 2025. Nós temos grandes oportunidades, mas precisamos nos organizar.”
Golfarb destaca que a dificuldade é a discussão entre vários ministérios para chegar a um consenso, ainda que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) funcione como um coordenador para esta política. No dia 21 de junho, a Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado iniciou uma discussão sobre os incentivos necessários para o crescimento da eletromobilidade, incluindo a transformação digital para que o Brasil venda tecnologia e infraestrutura.
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