Carro Popular: Governo estuda forma de prorrogar redução dos preços

Resultado positivo nas vendas motiva uma possível extensão dos incentivos, porém governo terá dificuldade para encontrar recursos

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O governo tem visto como positivo o resultado das reduções nos impostos para ajudar a baixar os preços dos carros no Brasil, no programa que acabou apelidado de “carro popular”. Com a estimativa de que R$ 170 milhões dos R$ 500 milhões destinados para carros já tenham sido utilizados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que seus ministros estudem se existe uma forma de prorrograr os benefícios e continuar movimentando a indústria automotiva.

De acordo com o jornalista Valdo Cruz do portal G1, Lula teria usado a reunião ministerial da última quinta-feira (15) para pedir para que Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, e Fernando Haddad, ministro da Fazenda, busquem uma maneira de manter os descontos fiscais por mais um tempo. Lula teria dito que o programa está sendo “um sucesso”, por conta dos últimos estudos dizendo que os recursos devem ser esgotados em somente um mês, ao invés dos quatro meses projetados inicialmente - a Fenabrave diz que a procura nas concessionárias cresceu 260%.

Os preços foram reduzidos por conta de uma série de renúncias fiscais do governo, com R$ 500 milhões destinados à automóveis leves, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para ônibus, totalizando R$ 1,5 bilhão. Os recursos vieram da volta do PIS e Cofins sobre o diesel, ainda que de forma parcial, cobrando 1/3 do valor antes da desoneração do combustível.

O pedido de Lula aconteceu logo após Alckmin declarar que o governo não tinha qualquer plano para estender os incentivos. Durante um evento feito pela Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) em Brasília, o vice-presidente disse que espera por uma queda na taxa de juros, melhorando o crédito para o financiamento. Apesar da expectativa na taxa Selic, o Banco Central tem sinalizado de que manterá o valor atual de 13,75% neste mês, realizando o primeiro corte somente em agosto.

Será difícil encontrar uma forma de manter o programa por mais um tempo pela falta de recursos, em tempos que o governo federal está tentando conter gastos e aprovar algumas medidas. O novo arcabouço fiscal ainda está em discussão no Senado e, depois de sua aprovação, o foco será o avançado da reforma tributária.


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