A redução dos preços dos carros após as medidas do governo federal seguem com os limites atuais e não há qualquer possibilidade de que seja renovada nos meses seguintes. É o que revela o vice-presidente Geraldo Alckmin, durante um evento da Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), realizado no último dia 15 em Brasília. A expectativa do governo é que este plano seja somente um alívio até os juros caírem.

“O cenário vai melhorar porque nós estamos com inflação em queda. Juros futuro já caiu. Nós precisanos os preocupar com crédito”, explicou Alckmin durante a coletiva para jornalistas. Uma das críticas constantes sobre o programa do “carro popular” é a falta de um mecânismo que dê mais acesso ao crédito para financiamento e uma redução nos juros, por serem dois dos problemas que afastam os automóveis da maior parte da população atualmente.

Anfavea: Conduzindo o Futuro da Eletrificação no Brasil

Esta é uma resposta aos pedidos feitos pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que tem defendido uma extensão dos benefícios para continuar movimentando as concessionárias. A própria associação disse recentemente que o movimento nas lojas aumentou 260% desde o anúncio dos descontos.

A expectativa do governo é que todo o estoque com desconto seja vendido no periodo de 15 dias, quando está disponível somente para pessoas físicas. Após o fim desta prazo, a oferta será aberta para frotistas, que aguardam ansiosamente pela oportunidade de renovar suas frotas com o valor reduzido – justamente o que o governo quer evitar, pois o programa teria sido feito para a população. Alckmin comenta que “a resposta [do consumidor] está sendo boa e que a procura nas concessionárias cresceu bastante.”

O pacote de incentivos seria uma forma de ajudar a indústria automotiva a chegar a perto de 3 milhões de unidades emplacadas por ano, com a estimativa de que isso aqueça o mercado com mais 130 mil veículos licenciados. Porém, o governo sabe que, para chegar a este número, será necessário que a taxa Selic seja reduzida, melhorando o crédito. Caso o Banco Central continue a decidir pela manutenção da taxa atual de 13,75%, não existe um plano B. A boa notícia é que, recentemente, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que o PIB deve crescer 2% e sinalizou que a Selic deve sofrer um corte.


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