A Volkswagen anunciou oficialmente que vendeu suas ações na Rússia e está deixando o país. A marca alemã chegou a um acordo com a Art-Finance LLC, que é apoiada financeiramente pela concessionária russa Avilon. Todas as subsidiárias locais da VW - Volkswagen Components and Services LLC, Scania Leasing LLC, Scania Finance LLC e Scania Insurance LLC - serão transferidas para o investidor.
A montadora emitiu um breve comunicado à imprensa confirmando que o acordo foi aprovado pelo governo russo. Não há nenhuma palavra sobre o preço de venda no comunicado, embora os relatórios afirmem que a Avilon pagou cerca de US$ 135 milhões pelos negócios russos da VW.
Provavelmente a atividade mais importante da Volkswagen no país - sua unidade de produção em Kaluga - também faz parte do acordo. Toda a estrutura que pertencia aos alemães, como negócios de distribuição e vendas e funcionários associados, agora é de propriedade do investidor local.
A Volkswagen teria investido mais de US$ 800 milhões para construir a fábrica de Kaluga em 2007 e os US$ 135 milhões que supostamente receberá com a venda cobrem apenas uma fração do dinheiro investido. No entanto, considerando os problemas recentes que a VW teve com as autoridades locais, o acordo pode ser considerado um resultado feliz para a montadora.
Há dois meses, um tribunal russo congelou todos os ativos da Volkswagen naquele país devido a um acordo que ela tinha com a GAZ, uma fabricante local de veículos comerciais leves. A Volkswagen supostamente encerrou seu acordo com a empresa em agosto, mas a GAZ reagiu processando os alemães em um valor equivalente a US$ 201,3 milhões por supostamente ter quebrado o acordo. A Volkswagen parou de produzir e vender carros no país logo após o início da invasão russa na Ucrânia, mas vender seus negócios provou ser uma tarefa muito mais difícil.
Também está aguardando a aprovação final do governo a Hyundai, que está em negociações com uma empresa do Cazaquistão para adquirir seus ativos na Rússia. Segundo informações, o acordo foi assinado entre as duas partes, mas o governo precisa aprová-lo antes de torná-lo oficial.
Fonte: Volkswagen
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