Ford também deixará Rússia após vender participação em joint venture

As operações da marca naquele país já estavam paradas desde março

Por: Anthony Alaniz

Traduzido por: Thiago Moreno

28 Outubro 2022 em 17:30

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Outro fabricante de automóveis está deixando oficialmente a Rússia. A Ford anunciou que vendeu sua participação de 49% na Sollers Ford Joint Venture, pondo fim a todas as operações no país. A montadora é mais uma na longa lista de empresas deixando aquele país, seguindo os passos de Toyota, Volkswagen muitas outras montadoras.

A guerra na Ucrânia estaria continuando a complicar as operações comerciais. A Ford suspendeu o trabalho na Rússia em março, interrompendo a fabricação, fornecimento de peças e suporte de engenharia. Enquanto a Ford transferiu suas ações por um valor nominal para a joint venture, a Ford mantém a opção por cinco anos para comprá-las de volta "caso a situação global mude", disse a montadora em uma declaração sobre a venda.

Galeria: Moskvitch 402/403/407

A Mercedes foi outra montadora a anunciar que também estava deixando a Rússia esta semana. Durante sua apresentação dos resultados financeiros do terceiro trimestre, a empresa revelou que estava vendendo seus ativos. A Mercedes suspendeu a produção local e parou de exportar veículos para o país.

Ela está vendendo seus ativos para a Avtodom, uma cadeia de concessionárias de automóveis, e não é a única montadora a fazê-lo ao deixar o país. A Nissan e a Renault fizeram o mesmo no início do ano, vendendo ativos e ações para outras empresas. Lamborghini, Honda e BMW também interromperam as operações comerciais na Rússia desde a invasão, com alguns até doando dinheiro para a Ucrânia.

A Toyota encerrou as operações de fabricação no final do mês passado, depois de não ver nenhuma indicação de que iria reiniciar as operações no país. As instalações de São Petersburgo (RUS) pararam operações como Ford e Mercedes em março. Elas tinham capacidade para construir 100.000 veículos por ano, principalmente Camry e RAV4. A produção nas instalações começou em 2007. A montadora disse que ajudaria os funcionários no reemprego, treinamento e outros tipos de apoio.