O lançamento do Virtus reestilizado trouxe uma série de novidades ao sedã. Na verdade, muito do que vimos é o que era esperado para o hatch Polo, como os 6 airbags, piloto automático adaptativos, alerta de colisão com frenagem automática e a manter o motor 1.0 turbo 200TSI ao menos em versões mais caras ao lado do 170 TSI. 

O Polo até foi justificado pela briga interna com os SUVs. Já acontecia do cliente do hatch olhar para a diferença de preço e optar por um Nivus ou T-Cross, por exemplo, até mais equipados. Ao colocar os mesmos itens no Polo, o preço ficaria ainda mais próximo e, em palavras curtas, seria um desperdício ter um hatch no catálogo. Com o sedã, o caminho é diferente. 

Ciro Possobom, COO da Volkswagen do Brasil, explicou o que já era uma suspeita. O cliente do sedã é mais velho (e por isso também trocaram o GTS pelo Exclusive), que procura um espaço interno mais amplo junto com um porta-malas e o estilo mais sóbrio do sedã quando comparado do SUV, algo mais jovem como o hatch. É um cliente mais conservador e mais racional, como Ciro resumiu durante nossa rápida conversa. 

Por isso o Virtus evoluiu mais que o Polo e até mesmo se distancia mais ainda inclusive no visual. Deixou de ser um "Polo Sedan" para assumir uma posição própria, mas próxima de um Jetta, por exemplo, com sua versão Exclusive, sem uma pretensão de ocupar o lugar de um Voyage, como o Polo tem agora com a versão Track para ser o "novo Gol". 

Já ouvimos algo assim anteriormente. Na época do lançamento do Fiat Cronos, Bruno Amorim, o gerente de marketing para o Argo e Cronos, explicou que o sedã recebeu o câmbio CVT primeiro também pela questão do cliente do Argo olhar para o Pulse, enquanto o comprador do Cronos não optaria por um SUV por diversas questões, como as levantadas por Possobom. 

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