Enquanto no Brasil a Honda desistiu de ter um SUV pequeno abaixo do HR-V, a história é bem diferente na Ásia. A fabricante apresentou a segunda geração do Honda WR-V, desta vez descolando-se do Fit, com um visual exclusivo. Foi desenvolvido para os clientes da região, medindo 4,06 metros de comprimento, entrando no segmento que outros pequenos como Toyota Raize ou Renault Kiger. A má notícia é que a marca não tem planos de trazê-lo ao Brasil.
O novo Honda WR-V havia sido adiantado pelo conceito SUV RS Concept, mostrando bem o tamanho que teria e até boa parte de seu design. A identidade visual é até próxima do City, por conta do formato dos faróis, da grade e, em parte, do para-choque. Tem alguns detalhes próprios, como a grelha pontilhada no lugar da barra horizontal como no sedã, ou o desenho da área das luzes de neblina. A traseira traz lanternas horizontais bem parecidas com a do Civic, com a diferença no tamanho da peça e o formato na parte do perto do centro do porta-malas.
A cabine é bem descolada do resto da linha da Honda, com linhas exclusivas. Um exemplo são as saídas de ar horizontais, com as duas centrais posicionadas acima da central multimídia, ao invés de ficarem do lado da tela. Logo abaixo estão os comandos do ar-condicionado, com um novo formato para os botões, sem os comandos giratórios do resto da linha. O volante, curiosamente, usa os controles iguais aos da geração anterior do Civic, ao invés do novo estilo presente na maioria dos lançamentos.
Entre os equipamentos estão a central multimídia de 7” com Android Auto e Apple CarPlay, tela TFT de 4,2” para o computador de bordo, faróis de LED com luz sequencial para as setas, chave presencial, câmera de ré, seis airbags, controles de estabilidade e tração, controle de cruzeiro adaptativo, assistente de permanência em faixa e mais.
É um carro bem compacto. São 4,060 metros de comprimento, 1,780 m de largura, 1,608 m de altura e um entre-eixos de 2,485 m. Para lembrar, o WR-V nacional media 4,068 m de comprimento, 1,695 m de largura, 1,599 m de altura e 2,555 m de entre-eixos. Ou seja, a nova geração é menor do que a anterior em todos os aspectos. Seria bem apertado para o gosto brasileiro, mas atende a algumas normas na Ásia, que dá isenções para modelos com 4 metros de comprimento ou menos.
Terá somente uma opção de motorização, com o 1.5 aspirado de quatro cilindros, gerando 121 cv a 6.600 rpm e 14,8 kgfm a 4.300 rpm. Nada de câmbio manual, pois será oferecido somente com a transmissão automática do tipo CVT. Tem uma suspensão MacPherson na dianteira e eixo de torção na traseira, enquanto os freios usam discos ventilados nas rodas da frente e tambor nas traseiras.
O novo Honda WR-V chega à Indonésia por 271.900.00 rúpias (R$ 89.127 em conversão direta) na versão Type E, subindo para 289.900.000 rúpias (R$ 95.027) na variante Type RS e 309.900.00 rúpias (R$ 101.583) com o pacote Honda Sensing, com itens como assistente de permanência em faixa e controle de cruzeiro adaptativo.
Veremos o novo WR-V no Brasil? As chances são praticamente nulas. A fabricante está apostando na nova linha do City, com versão sedã e hatch, como sua opção de entrada e deixando o novo HR-V como a oferta entre os SUVs compactos. E, nestes tempos com falta de componentes e dificuldade de acesso ao crédito para financiamento, a maioria das marca está de olho em modelos mais caros e mais rentáveis. A própria Honda já confirmou que lançará carros mais caros, como o novo Civic e o inédito ZR-V, posicionado acima do HR-V.
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