A Oferta Pública Inicial (IPO) da Porsche foi lançada ontem na Alemanha e, de acordo com o jornal The New York Times, está começando bem. O IPO atingiu a Bolsa de Valores alemã e se tornou uma das maiores IPOs já feitas para a Europa.
No lançamento, a Porsche AG teve uma valorização de 72 milhões de dólares (R$ 388,8 milhões em conversão direta). A Reuters relata que as ações subiram durante o dia, atingindo um pico de US$ 84,85 antes de se estabelecerem a US$ 80,74. Quatro grandes investidores responderam por 40% da oferta, com 25% indo para as famílias Porsche e Piech. Não há nenhuma menção de quantas ações foram ofertadas no total; anteriormente dissemos que 911 milhões de ações poderiam compor a IPO, uma clara referência ao carro mais famoso da Porsche, o 911.
De acordo com a Reuters, 19,5 bilhões de euros (19 bilhões de dólares) foram levantados com o IPO. Vale lembrar que pouco menos da metade disso irá para a Volkswagen, que é a empresa controladora da Porsche. Os fundos servirão de suporte para os avanços e esforços de eletrificação em andamento na fabricante.
Curiosamente, a Reuters também menciona que o valor da Porsche AG é apenas ligeiramente inferior ao da Volkswagen, embora, neste caso, ainda seja uma "pequena" diferença de aproximadamente US$ 4,6 bilhões. A Porsche tentou comprar a Volkswagen em 2008, mas acabou não dando certo, embora isso tenha levado a uma fusão das duas marcas em 2011.
A Porsche se une a um grupo crescente de marcas de esportivos que se tornam públicas. O IPO da Ferrari em 2015 teve um início bastante instável, mas os valores acabaram recuperando mais de 400% até o final de 2019. A DuPont Registry fez um trabalho de campo sobre a demanda de supercarros, revelando que a Ferrari e a Porsche lideram por uma margem notável sobre a concorrência. Agora com ambas as empresas públicas, o potencial para o sucesso contínuo está certamente presente.
Além disso, as marcas de luxo em geral têm resistido melhor nos últimos anos do que as grandes montadoras de automóveis. Mais oportunidades de investimento devem ser uma boa notícia para o futuro dessas marcas daqui para frente.
Fonte: Reuters, The New York Times
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