O conceito de plataforma compartilhada não é novo na indústria automotiva. É a mesma base estrutural sobre a qual vários produtos são criados. O objetivo é reduzir os custos de desenvolvimento, validação e produção, garantindo melhores resultados. Um exemplo é a plataforma CMP que a Peugeot e a Citroën produzem na América Latina, mas com algumas diferenças.

Durante a apresentação do novo Citroën C3 fabricado no Brasil, perguntamos aos gerentes de desenvolvimento da Stellantis como ele se difere do Peugeot 208 feito na Argentina. Ambos os modelos são produzidos com a plataforma CMP, mas são muito diferentes em termos de dimensões, design e equipamento. A primeira coisa a entender é que as novas plataformas são "modulares". Ou seja: elas permitem alterações em vários aspectos, incluindo distância entre eixos, comprimento, largura, balanço traseiro e altura.

Galeria: Citroën C3 2023

No caso do novo C3, os responsáveis pelo desenvolvimento do modelo para nossa região nos disseram que este Citroën compartilha o assoalho inteiro com os 208 argentinos, além da estrutura frontal que suporta a suspensão e o motor. A eletrônica é muito semelhante no hardware, assim como os esquemas de suspensão, motores, transmissões e uma série de outros componentes que poderiam ser aplicados de forma intercambiável aos dois modelos. Tanto que ambos usam o motor 1.0 de origem Fiat e o veterano 1.6 da Peugeot e da Citroën.

Entre as diferenças, a primeira e mais visível está na carroceria, que é mais alta e reta, no caso do Citroën. Isto significa que partes estruturais importantes, tais como colunas, para-brisas e até mesmo zonas de absorção de impacto foram alteradas. Além disso, o C3 é visivelmente mais amplo e mais longo do que o 208.

Peugeot 208 1.0 Style 2023
Citroën C3 2023

Como o C3 tem uma maior distância do solo, molas e amortecedores são trocados, tanto em termos de geometria e centro de gravidade, como também em termos de comportamento. Por esta razão, a Citroën proporciona uma experiência de condução diferente da Peugeot. Finalmente, tudo isso também exigiu o desenvolvimento de um sistema de direção específico para o novo C3. 

O novo Citroën C3 nacional

Revelado nesta semana, a nova geração do Citroën C3 trouxe o conceito de hatch com pegada de SUV, mas a marca não o trata como utilitário esportivo de fato e esse papel permanece com o C4 Cactus. O carro chegou com duas opções de motorização e três de transmissão, sendo uma automática.

As versões de entrada trazem o 1.0 aspirado Firefly, de 3 cilindros, está nas versões mais baratas, com 71/75 cv e 10/10,7 kgfm de torque, ligado ao câmbio manual de 5 marchas, e o 1.6 aspirado, o EC5, com 113/120 cv e 15.4/15,7 kgfm com câmbios manual de 5 marchas e automático de 6 marchas.

Desde a versão de entrada, Live 1.0 de R$ 68.990, o carro já traz de série airbag duplo, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampas, ar-condicionado, direção elétrica, monitor de pressão dos pneus, vidros dianteiros elétricos, painel digital e travas elétricas. A mais cara, Feel Pack 1.6 AT6 (R$ 93.990), já agrega rodas de liga leve, luzes diurnas de LED, volante com ajuste de altura, câmera de ré e volante revestido de couro.

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