Nascido em 2008 com a missão de suceder o emblemático Vectra, o Opel Insignia como conhecemos caminha para dentro de alguns meses chegar ao fim. Por meio de porta-voz, a fabricante germânica confirmou que o modelo será descontinuado em todo o mercado europeu até o final deste ano. Com isso, a fábrica de Rüsselsheim, na Alemanha, passará a priorizar outros veículos, como Astra, Astra Sports Tourer e DS4.
A Opel não deixa claro, mas a principal razão para a morte do Insignia é comercial. Sedãs tradicionais estão perdendo espaço no mercado e vendendo cada vez menos diante do avanços dos SUVs. Nos primeiros anos de comercialização - 2009, 2010 e 2011 - o três-volumes emplacou algo em torno de 130 mil exemplares. Já em 2020, diante da forte concorrência de crossovers, vendeu apenas 20 mil unidades.
Sempre elogiado pelo design arrojado e acerto dinâmico afiado, o Insignia sairá de linha depois de aproximadamente 14 anos de mercado e duas gerações no currículo. A linhagem atual, lançada em 2016 e reestilizada em 2019, é vendida nas carrocerias Grand Sport (sedã), Sports Tourer (perua).
A partir de 2023, a Opel sairá definitivamente do segmento e encerrará participação histórica na categoria. Nas últimas décadas, a marca foi representada por nomes emblemáticos como Vectra (três gerações, sendo duas delas vendidas no Brasil) e Ascona.
Versões equivalentes do Insignia já saíram de linha mundo afora, como o Vauxhall homônimo (vendido no Reino Unido), Holden Commodore (Austrália) e Buick Regal (EUA). No segmento como um todo, as baixas também são muitas. Só nos últimos meses Volkswagen Passat, Ford Mondeo e Renault Talisman saíram de linha, evidenciando o grave momento comercial vivido pela categoria.
Ao mesmo tempo em que confirmou a morte do Insignia atual, a Opel adiantou que já trabalha no sucessor. "Estamos trabalhando intensamente no sucessor da Insignia, que será eletrificado", disse porta-voz. "A Opel está migrando para se tornar uma marca puramente elétrica até 2028 e está preparando o lançamento no mercado de vários modelos elétricos de última geração, incluindo um futuro topo de gama elétrico".
Detalhes ainda são limitados, mas tudo indica que não será um sedã. Rumores adiantam que a Opel poderá seguir o mesmo caminho da Citroën com o C5 e da Peugeot com o 408, transformado o Insignia em inédito fastback-crossover. O lançamento é aguardado para 2024 ou 2025.
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