30 anos do Astra: Relembre a história das 6 gerações do modelo
O compacto da Opel chegou por aqui como Chevrolet, mas foi sucesso global
Lançado em 1991, o Astra é indiscutivelmente o carro de maior sucesso na história da marca Opel. Aos 30 anos, o carro recebeu a sexta e atual geração na Europa em setembro do ano passado. O modelo foi escolhido por milhões de motoristas ao longo dos anos graças sobretudo às suas dimensões compactas e sua capacidade de introduzir tecnologias de última geração em termos de conforto e segurança na condução.
Aqui no Brasil, o modelo começou a chegar em 1994, importado da Bélgica e vendido pela Chevrolet, ainda em sua primeira a geração, a "F". Tanto que recebeu o apelido de "Astra Belga". Já o Astra G, foi fabricado no Brasil entre 1998 e 2011. Uma geração após, o Astra F foi vendido por aqui como Vectra e conviveu com o antecessor.
O sucesso do Opel Astra segue até hoje com a apresentação recente da sexta geração, a primeira construída sobre a plataforma modular Stellantis EMP2. Com isso, pela primeira vez, ele ofereceu variantes híbrida plugável, que deve ser seguida em breve por uma configuração completamente elétrica. relembre agora um pouco do carro que segue como campeão de vendas na Europa.
As origens do nome
No início dos anos 90, o Kadett era um nome forte. Em seus 55 anos de carreira, ele tem atingido um grande sucesso e, embora nunca tenha atingido os níveis de venda do Golf, ele é quase sinônimo de carro compacto na Europa. Na Opel, após mais de 5 décadas, a marca decidiu que era hora de mudar os ares.
A escolha do nome está ligada à Grã-Bretanha, o mercado no qual a marca local Vauxhall, também controlada então pela GM, produzia sua própria versão do Kadett, que já era chamada de Astra. E este foi o nome escolhido pela Opel para identificar o novo modelo para todos os mercados da Europa. Observe a letra final 'A', esta era uma característica comum a muitos carros da marca que chegaram em anos posteriores, como Montana, Meriva e Zafira, por exemplo.
O primeiro: Astra F, ou belga para nós brasileiros
Produzido de 1991 a 1997 na Europa e vendido a partir de 1994 como importado no Brasil, esta geração do Astra acumulou mais de 4,1 milhões de unidades vendidas, um recorde na história do modelo. Este primeiro Astra tinha uma plataforma e um trem de força derivados do Kadett, mas apesar de seu parentesco óbvio com seu progenitor, introduziu novas tecnologias em termos de segurança passiva.
São exemplos disso elementos como barras de proteção lateral nas portas, cintos de segurança dianteiros com tensionadores e ajustáveis em altura e o catalisador de série em todas as opções de motorização.
Também contribuindo para o sucesso do carro compacto estava a ampla escolha de estilos de carroceria que incluem versões hatchback de três e cinco portas, versões hatchback de quatro portas, perua (que chegou a ser vendida no Brasil), assim como uma bela variante cabriolet que chegou cerca de dois anos depois dos outros. Havia ainda a versão GSi esportiva. Ela trazia sob o capô o motor 2.0 16V aspirado de 150 hp. Em 1993 este propulsor recebeu um turbo e a potência saltou para 204 cv.
Astra G: o nacional
Entre 1997 e 1998 a Opel lançou o Astra G, o única geração do carro que esboçou um terceiro volume, configuração conhecida como notchback. Foi em 1998 que o modelo começou a ser feito no Brasil. Ele poderia ter 3 ou 5 portas, sendo seguido pelo sedã de 4 portas. A perua, porém, ficou para trás. A motorização, ainda herdada do Monza, podia ser 1.8 8V, 2.0 8V ou 2.0 16V nas versões mais caras.
Estética à parte, o Astra G inovava sob a carroceria: o carro deu um salto na rigidez torsional, além de ter uma precisão de condução sem precedentes, enquanto a carroceria com aço galvanizado garantia a resistência contra corrosão. Na Europa, essa característica garantia um melhor valor de revenda.
Com este Astra, a Opel também ousou uma espécie de "mini-Calibra": isso mesmo, uma versão cupê de verdade e sem coluna B fazendo uma referência explícita ao modelo de duas portas dos anos 1990. Apesar do visual harmonioso, o Astra cupê nunca atingiu o sucesso do Calibra.
Suspensão ativa já em 2004
Em 2004, a geração H chegava e era feita sobre a plataforma Delta da GM, então a arquitetura global do grupo. Com isso, o carro mudou profundamente em termos de estilo para retornar a uma configuração hatchback caracterizada por formas e linhas muito mais esportivas. Se você está pensando "ué, isso é um Vectra", não está errado. O Astra de 3ª geração foi vendido no Brasil como substituto do Vectra e conviveu com o Astra anterior por alguns anos.
A principal novidade na Europa foi a chegada do chassi com controle eletrônico como opcional. O chassi ativo IDSPlus possuía amortecedores eletrônicos, que combinavam conforto e agilidade nas curvas - uma característica que é especialmente sentida na versão esportiva OPC, que entregava 240 cv. O Astra oferecia faróis adaptativos e cinco estrelas em testes de colisão nas avaliações da Euro NCAP. Ao final de sua carreira na Europa em 2009, foram produzidos 2,7 milhões de Astra desta geração, contando o nosso "Vectra".
Astra J: o maior Astra já produzido
Evoluir ainda mais tecnologicamente era quase impossível e teria sido contraproducente. As pesquisas realizadas pela Opel entre seus clientes deixaram claro: o Astra 2009 era muito grande (4,42 m de comprimento). O modelo J, entretanto, tem o grande mérito de trazer tecnologias como o reconhecimento de sinais de trânsito, faróis com comutação de luz alta automática, além de também entregar um sistema de suspensão adaptativa.
Astra K: O último GM
O Astra K, apresentado em 2015, o último produzido sob a gestão da GM, é caracterizado por suas dimensões menores e peso mais leve do que o modelo anterior. O comprimento do carro é 5 cm menor e graças ao uso de materiais mais leves ele perdeu de 120 a 200 kg, dependendo da versão em comparação com o J que ele substitui.
Mais significativa do ponto de vista de equipamentos de segurança é a introdução dos faróis com lâmpadas de LED Matrix, chamada de IntelliLux, como opcional. Sob o sistema, os oito LEDs em cada farol são controlados por uma unidade de controle eletrônico que os ajusta individualmente de modo a não ofuscar o tráfego em sentido contrário ou os que estão à frente.
Galeria: História do Opel Astra de 1991 a 2015
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