Grandes montadoras já anunciaram ambiciosos planos de eletrificação para os próximos anos. Algumas estão conseguindo fazer a migração rapidamente para portfólios totalmente elétricos, enquanto outras estão apostando na transição graduada, combinando dentro da gama tanto veículos EVs completos quanto modelos híbridos. No entanto, nem todos os modelos atualmente conhecidos terão condições de sobreviver à essa mudança.
Reportagem recente da revista britânica Autocar revela que o futuro dos modelos compactos de tração dianteira da BMWentra em risco à medida que a indústria muda. De acordo com uma fonte ligada à empresa, a arquitetura UKL que sustenta vários modelos do grupo hoje, incluindo os novos Mini e o próximo X1, não acomodará facilmente trens de força híbridos maiores. Dessa forma, a BMW terá dificuldades em continuar oferecendo esses modelos no mercado europeu.
A mesma fonte informa que outro obstáculo para continuidade da plataforma diz respeito à escala. "Os modelos de tração dianteira vendem em volumes muito baixos nos EUA. O maior mercado potencial é provavelmente a China, nas cidades menores, mas lá eles só querem sedãs e não um hatchback. Mas os volumes são muito bons e esse carro é importante como 'meu primeiro BMW'. Se deixássemos esse mercado, estaríamos dando a participação de mercado aos rivais", diz o informante.
Outro ponto problemático potencial para a plataforma são os regulamentos de emissões cada vez mais rígidos da Europa. Dependendo do caso, montadoras serão obrigadas a instalar catalisadores ainda maiores para reduzir os níveis de poluição, gerando gastos extras e limitações técnicas. Designers e engenheiros terão bastante trabalho no planejamento futuro dos modelos baseados na arquitetura UKL se a BMW quiser mantê-los em oferta até o final da década.
Até 2027, carros com motores de combustão interna em sua maioria terão que ser híbridos plug-in com um alcance de cerca de 65 km. Isso exigirá uma arquitetura maior, resultando em veículos mais longos e caros. Nesse contexto, o tamanho da UKL dificulta a eletrificação e limita a acomodação de baterias maiores. A migração para eletrificação total também é um problema no caso do Série 1, tendo em vista os altos custos envolvidos e a baixa margem de lucro do segmento.
Fonte: Autocar
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