Enquanto no Brasil o governo federal já aprovou a isenção de pedágios para motocicletas em rodovias federais, outros países também estão analisando uma reforma na estrutura de cobrança das estradas. Um deles é a Itália, que busca levar mais fatores em consideração para a formação dos preços de pedágio.

De acordo com o governo daquele país, estão sendo tomadas medidas para dar aos usuários das rodovias uma experiência mais equalitária de pedágio, reestruturando como os valores são calculados. Faz sentido, afinal, uma moto ou um carro pequeno exigem menos da via do que um caminhão carregado. 

É por isso que a Autostrade per l'Italia, a maior operadora de rodovias pedagiadas da Itália, está repensando o tem. Atualmente, motocicletas, carros, utilitários esportivos e caminhões são todos cobrados o mesmo valor pelo uso das rodovias com pedágio. Robert Tomasi, CEO da Autostrade per l'Italia, quer mudar isso para racionalizar as tarifas de pedágio e torná-las mais justas para todos os usuários das rodovias.

A empresa quer levar mais fatores em consideração, como o tamanho do veículo, as emissões e o número de rodas para determinar um sistema escalonado para o preço dos pedágios no país. Isso poderia significar que os motociclistas italianos pagariam bem menos nas estradas.

Afinal, as motos são menos poluentes, mais leves e ocupam um menor espaço na via. Há, no entanto, um desafio, pois são necessários desenvolvimentos na infra-estrutura de pedágios a fim de implementar efetivamente essa nova política de preços. "É necessária uma rede com a infra-estrutura necessária para reconhecer o veículo e aplicar a tarifa mais apropriada, seja uma motocicleta ou um caminhão", explica Tomasi.

A Comissão de Transportes italiana também está procurando implantar uma espécie de "cash-back" para reajustar os pedágios de acordo com o trânsito em tempo real. A Autostrade per l'Italia testará a partir de 15 de março a tecnologia de leitura de placas, que ajusta automaticamente as tarifas de pedágio e informa o usuário imediatamente. Espera-se que cerca de um milhão de usuários das rodovias se beneficiem do novo princípio.

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