A Renault encerra a trajetória comercial do Duster na Índia após quase 10 anos de mercado. O SUV estreou no país em 2012, cumprindo importante missão estratégica na consolidação local da marca, e chegou a registrar números de vendas bastante animadores no início da comercialização. No primeiro ano completo no mercado, por exemplo, vendeu mais de 40 mil unidades, todas produzidas na fábrica de Sriperumbudur, nas proximidades de Chennai.
Com o passar dos anos, porém, a cifras foram caindo e os resultados ficando mais amargos. A Renault até tentou reagir aplicando novidades, como o facelift lançado em 2020, mas nada foi suficiente. Envelhecido, o Duster sofria diante da concorrência feroz formada por rivais consideravelmente mais modernos, como Hyundai Creta e Kia Seltos, e recém-chegados como Volkswagen Taigun e Skoda Kushaq.
O modelo que sai de linha, vale lembrar, ainda era da primeira geração e construído sobre a velha plataforma B0. Ao longo dos anos de comercialização no mercado local, foi equipado com motores 1.5 e 1.6 a gasolina , 1.5 turbodiesel e, mais recentemente, 1.3 turbo a gasolina. O câmbio poderia ser manual, automatizado ou automático de tipo CVT, de acordo com cada versão. A tração era dianteira ou AWD (um diferencial na categoria).
O sucesso comercial e a boa imagem do Duster na Índia eram tamanhos que a Nissan decidiu lançar sua própria versão do SUV, chamada Terrano. Foi produzida e vendida ao lado do modelo original entre 2013 e 2020.
Curioso notar que a Renault não teve interesse em levar a nova geração do Duster para a Índia. Por lá, a marca direcionou investimentos para renovar o Kwid (reestilização que recentemente chegou ao Brasil) e desenvolver dois novos modelos de acordo com o gosto do mercado local: a minivan Triber e o SUV de entrada Kiger. Ambos têm alcançado bons números de vendas. Já para o lugar do Duster não há nada em curso, pelo menos por enquanto.
Fonte: Autocar Índia
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