Era um segredo aberto, mas agora é oficial: o futuro hipercarro da Bugatti será híbrido. Como você pode prever, isso não é realmente uma surpresa por várias razões, mas a principal delas é obviamente as leis de emissões mais rígidas na Europa que está forçando até mesmo os fabricantes mais exclusivos (de produção pequena ou mesmo com característica mais artesanal) a se tornarem elétricos.

E para acelerar sua transição energética, a Bugatti foi recentemente assumida por uma joint-venture formada pela Porsche e Rimac. A Rimac é uma fabricante croata de supercarros elétricos e sua experiência neste campo é de extremo interesse para a francesa Bugatti. Mate Rimac, o chefe da agora chamada Bugatti-Rimac, acaba de dar algumas informações sobre o futuro da Bugatti e, em particular, sobre o próximo carro que substituirá o Chiron.

Rimac Nevera, Bugatti Chiron et Porsche Taycan Cross Tourism

A confirmação sobre o novo supercarro e seus detalhes veio através do site Automotive News Europe, onde o CEO da empresa afirmou que o próximo Bugatti será "altamente eletrificado, mas não elétrico", mesmo que isso acabe acontecendo "um dia, mas não hoje". A ideia de um motor W16 dotado de um ou mais propulsores elétricos poderia ser algo positivo, mas não será feito com base no famoso W16 8.0 quadriturbo, como confirma Mate Rimac. Portanto, depois de mais de 20 anos equipando os hipercarros da Bugatti, o famoso "motorzão" deverá ser aposentado. 

O que se sabe é que o sucessor do Chiron será um supercarro híbrido, com um motor de combustão que deverá ser "atraente ", de acordo com o executivo. Este motor será inteiramente projetado na Croácia, nas instalações da Rimac. Não tem como deixar de falar que isso parece estranho, pois a Rimac nunca desenvolveu um motor de combustão antes.

Entretanto, a experiência da Rimac na área de motores elétricos rapidamente atraiu o interesse de montadoras de alto nível. A empresa croata já desenvolveu baterias de alto desempenho para Koenigsegg, Aston Martin e também para o grupo Volkswagen. Logicamente essa manobra foi uma forma de gerar caixa para garantir a estabilidade financeira da marca, uma vez que o desenvolvimento de um supercarro de forma independente, neste caso o Nevera, não é lucrativo.

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